mercredi 15 juillet 2009

O último adeus











Tempos depois o Pat levou-me a um certo cemitério na Vila Velha...

Com a ajuda do guarda-portão encontrámos a sua campa cor-de-rosa, a dois passos da campa rasa do meu querido irmão, do meu querido pai, da minha querida mãe!

Pedi ao Pat que me esperasse lá fora no carro. Eu precisava de estar só, de esquecer que ainda me encontrava neste pavoroso mundo de perdas, de lutos, de sofrimento humano, de guerras absurdas, dessa esmagadora efemeridade duma vida sobre esta terra!

Quando me encontrei a sós com ela, tombei sobre aquela laje fria sobre a qual depus um beijo, um longo beijo, um derradeiro beijo de amor!
Muitas lágrimas também tombaram sobre aquela rósea pedra tumular a tentarem afogar tantas inesquecíveis recordações, tantos beijos, tantos sonhos sonhados juntos, tantos anos afastados um do outro! Só um dilúvio conseguiria extinguir tão imensa dor!

Docemente cantei-lhe:

“Disse-te adeus e morri e o cais vazio de ti aceitou novas marés!”

Ao despedir-me murmurei-lhe num soluço:
Até qualquer dia meu amor! Em breve estaremos novamente juntos para todo o sempre!
Prometo!

Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire