mercredi 15 juillet 2009

Mais um poente sobre o Cabeço











Fui algumas vezes com as manas a Montachique passar fins-de-semana.
Montachique era realmente um espanto de panoramas entre serras e vales.
Gostava muito do Café Satélite, que tinha uma cozinha muito patusca onde vi algumas vezes a Dona Isabel e a tia Laura fazerem refogados. Gostava muito do quintalinho que havia por detrás, com muitas flores e um cubículo onde se iam fazer as necessidades.
Havia também o quarto da tia Laura com uma cama para a Barau, o quarto da Lhé e Cléo, o quarto da Dona Isabel e senhor Caetano e eu, quando lá ficava, dormia no divã da casa de jantar.
Em frente havia um grande terraço e a garagem, ali mesmo à beira da curva da estrada.

Em Montachique, havia um grande sanatório para os tuberculosos. Cheguei mesmo a desejar que o Alberto fosse para lá para se curar do seu grande mal. Montachique era realmente um belo povoado plantado no cimo das montanhas. O ar era limpo e as vistas deslumbrantes. À beira dos caminhos, espraiando os olhos pelo imenso vale, tínhamos a estranha sensação que os nossos pés se descolavam do pavimento, como que pairando perenemente no ar, como se, miraculosamente, nossos braços se tivessem transformado em translúcidas asas abertas ao infinito!

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