Fui algumas vezes com as manas a Montachique passar fins-de-semana.
Em Montachique, havia um grande sanatório para os tuberculosos. Cheguei mesmo a desejar que o Alberto fosse para lá para se curar do seu grande mal. Montachique era realmente um belo povoado plantado no cimo das montanhas. O ar era limpo e as vistas deslumbrantes. À beira dos caminhos, espraiando os olhos pelo imenso vale, tínhamos a estranha sensação que os nossos pés se descolavam do pavimento, como que pairando perenemente no ar, como se, miraculosamente, nossos braços se tivessem transformado em translúcidas asas abertas ao infinito!
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