O Café estava aberto das sete da manhã até à meia-noite. Tanto eu como o Carretas estávamos lá de manhã à noite. Dia sim, dia não eu tirava a tarde para me repousar ou ir passear até ao Jardim do Cerco em busca da sua verdura e floridas sombras. Outras vezes ia até à Tapada até ao tanque onde andava a aprender a nadar ou à Remonta para visitar o meu irmão Alberto que trabalhava nas cavalariças. O Fernando também lá andava a fazer a sua aprendizagem. Foi lá, com eles, que montei um cavalo a sério pela primeira vez. O Alberto ensinou-me a conduzir o jumento, enquanto eu tremia que nem varas verdes! Gostava muito do trote mas o galope punha-me os cabelos em pé! Nunca cheguei muito longe nas minhas cavalgadas, nunca participei em nenhum concurso hípico!
No Café comíamos todos na cozinha, um de cada vez, a uma pequena mesa perto da porta que dava para o vão onde se despejava o lixo para dentro dum grande latão muito enferrujado. A comida era sempre boa pois que a tia Laura era uma óptima cozinheira.
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