
Quando ia ao Correio comprar postais e selos para vender no Café - o Correio era mesmo ao lado dessa casa amarela com barras azuis - eu passava vezes sem conta diante da sua janela onde ela assiduamente se debruçava com o seu lindo gato angorá, Zózó.
Eu falava-lhe com os olhos mas ela não respondia, afastava simplesmente o cortinado.
Quando regressava ao Café a tia Laura ralhava sempre comigo porque eu tinha perdido muito tempo nos Correios e eu dava-lhe sempre a mesma hipócrita evasiva: haviam bichas intermináveis!
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