jeudi 30 juillet 2009

O Despertar
















O tão desejado dia alvoreceu. Quando a luz nos entrou pela janela, tanto eu como o Carretas acordámos e vestimo-nos a correr para irmos abrir o Café.
Lá chegados, entrámos nos habituais preparativos para abrir: tirar as cadeiras de cima das mesas, limpar as retretes, e escovar o bilhar.
Entretanto a tia Laura também desceu e, agarrada ao seu xaile castanho, foi para os seus domínios: a cozinha. Preparou-nos o pequeno almoço e, como quase sempre, gritou:

- Ò rapazinho! Anda p’rá mesa! O pequeno almoço tá pronto!

Depois do pequeno almoço começou a chegar a clientela que, como quase sempre, vinham de manhã tomar o pequeno almoço deles. Como o Beatriz e tantos outros, e à hora do almoço para a Biquinha de sempre. Depois as tardes eram calmas, apenas algum turista de passagem por Mafra que vinha matar a sede ou a fome ao Estrela, a interromperem os meus desenhos, escritas, ou leituras

Nessa manhã a tia Laura fez os seus queques e eu dei-lhe uma ajudazinha.

Singularmente, as horas pareciam passar bastante depressa. Eu tinha que estar pronto para quando o Roque me viesse buscar para a nossa curta viagem até ao Sobreiro. Aproveitei para rapar os pelos da cara e lavar os dentes e, depois, na dependência onde se faziam os bolos, no quarto ao fundo, havia uma tina que enchiamos com água quente tirada do fogão a lenha onde a tia Laura fizera os seus queques, no qual havia um depósito de água aquecida pelo fogão. Depois desse pseudo-banho, subi ao meu quarto e vesti-me de lavado, penteei cuidadosamente os meus belos cabelos loiros muito ondulados, pus um pouco de lápis nas sobrancelhas, fiz-me o mais bonito possível para essa minha primeira prometedora viagem, esmagando o meu sexo contra as certamente muito belas nádegas do Roque.

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