jeudi 30 juillet 2009

NADAR E AMAR


Roque soergue-se e corre até ao mar para umas braçadas. Eu fiquei mais uns minutos sobre a toalha a digerir aquela forte sensação de ter sido possuído por essa Natureza que nos manipula para atingir os seus fins: a procriração! Mas neste caso, entre dois machos, apenas aquele extraordinário gozo dum orgasmo que nos arranca a esta terra para nos levar aos píncaros desse violento prazer que nos escraviza.

Roque continuava a vogar sobre as ondas do mar e eu resolvi levantar-me e ir juntar-me a ele naquela bacanal de vagas agrestes e ruidosas. Não ousei ir tão longe como ele e foi ele que veio até mim, flutuando à minha beira, e com um sorriso triunfal, novamente me pergunta:
Gostaste?
Depois saímos do mar. Roque completamente descontraído e eu sempre a olhar à minha volta para ver se não havia algum intruso a espreitar-nos.

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