lundi 14 septembre 2009

Uivos na Noite











Era óbvio que a Miriam encontrava em mim algo de especial, de desejável, pois que andava sempre a procurar estar a sós comigo fosse onde fosse.

Uma bela noite de luar, por volta das dez da noite, ela empurra-me para um passeio fora de portas. Caminhámos lentamente na direcção dos campos de trigo. Era uma noite de lua cheia e o verde trigo ondulava na brisa suave...

Entre duas leiras ela pos-me ambas as mãos sobre os meus ombros e a sua boca abriu-se num beijo profundo e não totalmente inesperado. Eu pressentira claramente os seus intuitos quando me arrastou até aquele ermo nessa noite divinal.

Como sempre fui um homem honesto e assumido, para evitar que as coisas fossem ainda mais longe, porque não me sentia apto a consumar tal acto com ela, pu-la ao corrente da minha sexualidade, que andava a viver um romance muito carnal com o Gerry, que ela ainda nem sequer conhecia.

Ela agarra-me nas mãos e muito maternalmente diz-me que isso eram coisas passageiras, naturais na adolescência, que, agora, com 25 anos, o que eu precisava era do amor duma mulher que me mostrasse o bom caminho.

Eu, com o meu já tão velho problema de ser como toda a gente, ou quase toda, de fundar uma família, acedi a tentar a minha sorte.

Nessa noite tudo ficou por aí, mas logo no dia seguinte Miriam continuou a entalar-me contra a parede para que o inevitável acontecesse.

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