mercredi 16 septembre 2009

Passos Perdidos por Toda a Parte







Chegado a Tel Aviv vou ao Ministério do Interior indagar o que fazer para encontrar o paradeiro da Miriam. Nesse Ministério perguntam-me qual o nome de família do seu marido. Eu sabia lá qual era o nome de família do seu marido?!

Nem sequer o seu nome eu sabia!

Aconselharam-me a ir ao Mistério do Interior de Jerusalém ver se eles tinham possibilidades de solucionar o meu problema.

O mesmo aconteceu em Jerusalém. Tinha de saber o nome de família do seu marido! Durante esses 47 anos fui variadíssimas vezes a esse Ministério em Jerusalém e nunca me foram dadas nenhumas esperanças de a encontrar. Que Miriams, em Israel, haviam milhares!

Visitei todos os Ministérios de cada cidade de Israel e os resultados foram sempre idênticos. Em cada cidade, aparte do Ministério do Interior, entrei em cada Agência Judaica dessas mesmas cidades e ninguém me parecia capaz de apaziguar a minha ânsia.

No Ministério do Interior de Ramat Gan, em Tel Aviv, um simpático cavalheiro, o Amnon, prometeu-me tentar todo o seu possível para encontrar o paradeiro dela, que deixasse a minha morada, que ele me enviaria uma carta com os resultados das suas pesquisas.

Três meses depois recebo essa tão desejada carta. Abro-a, desdobro a folha de papel sobre o qual havia uma única frase:
“Sem saber o nome de família do seu marido nada pode ser feito”!
A minha decisão foi esquecer a Miriam e viver a minha vida, tal como tinha prometido ao meu irmão Alberto:

Ser feliz! Gozar a Vida!

Não seria a incapacidade de todos esses Ministérios e Agências Judaicas que me iriam deixar de cumprir essa promessa que lhe tinha feito sobre o seu rosto gelado! Ser feliz por mim e por ele! Porém, ser feliz com essa dúvida a rasgar-me o peito, era obra!

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