Chegado ao meu emprego, digo ao Strombolli que tinha arranjado trabalho no Hod e que eles queriam que eu começasse o mais rapidamente possível. Ele põe-me a sua pesada mão no meu ombro, desce um pouco os seus óculos sobre o nariz e, muito paternalmente declara:
- Ruben, começas amanhã o teu trabalho em Herzelia. Isto aqui, para ti, não é futuro nenhum!
Telefono à Mrs. Kimche a dizer-lhe que podia começar no dia seguinte. Ela pede-me, muito friamente, para lá estar às nove da manhã no quarto 21 para dar uma pequena ajuda à Malka!
Como combinado, cheguei ao Hod por volta das nove da manhã e os meus primeiros trabalhos foram ajudar a Malka a fixar as cortinas nos quartos todos, a mobilá-los, decorá-los, pendurar quadros nas paredes, e distribuir “bibelots” sobre os móveis.
Os quartos ficaram um encanto. Tínhamos no rés-de-chão dez quartos de casal, camas separadas, no primeiro andar dez quartos de casal cama larga para duas pessoas, e na parte semi-cave haviam dez quartos só para uma pessoa. Quartos minúsculos mas com uma larga janela para o jardim. Esses quartos viriam a ser mais tarde os quartos dos jogadores de futebol do Nacional Tel Aviv, antes dos grandes desafios internacionais, para estarem bem repousados antes do desafio!
Miriam voltou novamente para um fim de semana para uma dose de cocaína, mas na manhã seguinte, quanto partiu, de regresso a Beit Hashitá, diz-me, muito atormentada, que não tinha tido os seus períodos há quase dois meses!
Preocupado, eu tinha a vida toda à minha frente, queria ser livre como o vento para viver a minha sexualidade sem disfarces, pedi-lhe que visse um médico em Afula e que “tratasse do assunto”!
Ela saiu, muito magoada, bateu com a porta e nunca mais deu sinais de vida!
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