mercredi 23 septembre 2009

Say One For Me
















As minhas relações com o Victor mantiveram-se muito profissonais e amigáveis. Ele andava amantisado com a “housekeeper”, a Eva, que tinha feito o seu curso no Tadmor comigo. Daí nasceu uma grande amizade a três.
Com a Judy Harriet também nasceu uma grande amizade. Ela partilhava com a mãe um quarto no hotel. A sua mãe estava todas as noites no show para guardar a sua filha. Ela cantava-lhe todas as noites aquela bonita cantiga Judaica “Meine Ydish Mama”. Ela era judia e andava louca para ir para a cama com o Victor e o Victor vice versa, mas ela era uma daquelas jovens judias que para ir para a cama com um homem tinha primeiro de se casar com ele! Um Judeu, se faz favor! A Judy não podia ir a lado nenhum sem a sua dama de companhia. Apenas uma vez fui com ela ao cinema ao lado do hotel ver um filme - Say One For Me - com o Bing Crosby, onde ela tinha um pequeno papel e cantava uma cantiga. A Mama consentiu, pois toda a gente sabia ali nas redondezas que comigo ela não corria nenhum risco! Engano atroz! Muita vez tive vontade de a apertar contra mim e beijar aquela boca que, aparentemente, só lhe servia para sorrir e ingerir alimentos. Com a Judy eu estava à vontade e podia discutir com ela os atrativos do belo Victor. Eu falava-lhe das coisas que eu gostaria de fazer com ele, mas ela nunca me deixava penetrá-lo. Eu, no gozo, costumava perguntar-lhe porque não? Se ele gostasse de se fazer penetrar eu poderia satisfazer-lhe esse desejo, mas ela nunca! Aí a conversa ficava estragada! Sobretudo quando eu lhe dizia que eu podia penetrar uma mulher e um homem e que ela não podia penetrar ninguém! Isso dava-lhe um certo complexo de inferioridade. Mas a nossa amizade manteve-se até o meu estágio chegar a fim!

Quando o estágio terminou, o Victor falou-me dum hotel que tinha aberto em Eilat, ao sul do Negev, sobre o Golfo de Akabá, o “A Raínha do Sabah”. Ele aconselhou-me a dar lá um salto quando deixasse o Ginton. Quando essa data chegou, depois dum grande jantar de despedida na sala de jantar dos hóspedes com a malta toda e os hóspedes à mistura, muitos adeus, muitas palmadas nas costas e por outros sítios, lá peguei na minha trouxa, um autocarro para Eilat, e lá fui à descoberta doutras paragens, outras caras, outros Victors, outras Judies, outras maneiras de continuar vivo e feliz de o ser e de o estar!

A vida aguardava-me ainda tantas, tantas outras inesperadas aventuras...

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