mercredi 16 septembre 2009
A bela álea do Hod Hotel
Meus passos prosseguiram seu destino! No Hod a vida continuou como se nada tivesse acontecido. Quanto mais o tempo passava mais eu gostava do meu trabalho nesse pequeno hotel que viria a fazer parte da minha vida e das minhas mais belas recordações de sempre. Mr. Kimche e sua esposa - quase sem eu notar - começaram a ser para mim como meus pais, protegendo-me contra todas as ciladas da vida. Tinham um filho aí dos seus doze anos, o David, o qual, entre mim e ele, um elo de grande fraternidade começou a criar raízes. Para mim ele passou a ser como um irmão mais novo carente das minhas atenções e dos meus conselhos. Ele queria saber tudo o que a vida lhe podia reservar, mas eu não sabia o que a vida nos preparava. Nem a ele nem a mim.
Finalmente, uma bela manhã de sol, o Hod abriu as portas à sua futura clientela. Uns tantos anúncios nalguns jornais do país e rapidamente começaram os telefonemas, cartas a fazerem reservas de quartos, assim como aqueles que começaram a chegar em pessoa e pediam um quarto por uma noite ou duas, arrumando os seus carros naquela ruazinha que descia até uma velha casinha com jardim, muito pitoresca, que um dia viria a ser o meu mais belo recanto que ainda hoje canto! Começaram também a aparecer, ao meio da tarde, alguns casais com um ar muito cansado que precisavam de um quarto com cama de casal para se repousarem um pouco... e pouco tempo depois eles saíam ainda mais abatidos. Punham a chave sobre o balcão e partiam muito discretamente, sem se voltarem para trás.
A partir dessa data comecei a trabalhar das onze da noite até às sete da manhã. Malka começou a chegar todas as manhãs às seis e meia para tomar o pequeno-almoço comigo. Depois desses lautos pequenos-almoços Israelitas onde íamos a um bufete coberto de comida chamada matinal: queijos, carnes frias, “shamenet”, omeletas, eu sei lá, um nunca mais acabar de mastigações! Após esta orgia de comida a Malka sentava-se comigo uns minutos no jardim para fumarmos um cigarro juntos e depois ela tomava o meu lugar e o governo da recepção, da qual ela seria escrava até que Mrs. Kimche, às quinze horas, viesse tomar conta do negócio.
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