Miriam vinha algumas vezes passar o fim de semana comigo a Givataim. Para mim era um grande prazer preparar tudo para bem a receber. Preparava o jantar, os aperitivotos, apresentava-me o mais bem parecido possível e depois do jantar tomávamos uns whiskys e ouvíamos uns discos. Por vezes dávamos uns passeios por Givataim antes de ir para a cama, pois que às sextas-feiras à noite não haviam autocarros para podermos dar uma volta até Tel Aviv. Normalmente íamos para a cama cedo. Na cama eu não sabia ou não podia satisfaze-la sexualmente, pois que a minha sexualidade não estava pelos ajustes. Eu não podia fazer as preliminares com ela como fazia com o Gerry ou o Joachim. A culpa não era minha, foi a natureza que assim o decidiu! As nossas relações limitavam-se a penetrações rápidas com ejaculações precoces! Sentia-me tão diminuído e responsável pelos seus não orgasmos. Uma noite perguntei-lhe se ela tinha tido um orgasmo e ela respondeu-me que tinha tido vários, mas penso que isso não correspondia à verdade, ela queria apenas ajudar-me a sentir-me "homem" e a encorajar-me a ultrapassar as minhas incapacidades. Estou certo que cada vez que ela, depois do Shabbat apanhava o 68 para voltar a Tel Aviv e depois apanhar um autocarro para Beit Hashitá, ela acartava com ela toda a sua frustração! Eu limitava-me a ter pena dela e ainda muito mais pena de mim, mas eu não conseguia controlar a minha incapacidade para satisfazer uma mulher!
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