mardi 29 septembre 2009
As Obras ao Lado do Sing-Sing
Mas voltemos à nossa história: Havia igualmente a Miss Petersen, uma guia de turistas. Ela era sueca, muito loira e muito camaradona, que habitava no hotel, e que se encarregava de organizar e receber grupos de estrangeiros que desciam até Eilat para visitarem o sul do Negev. Ela era uma das grandes amantes das minhas tentativas de grande chefe. Mas, sexualmente, eu continuava a morrer de fome e algo teria de ser feito com alguma urgência. Parecia-me que teria de recomeçar a fazer a rua a estender a mão à misericórdia! Um dia resolvi convidar os Ha’Parvarim. Nissim enchia-me bem as medidas. Eles aceitaram o convite. Gostaram dos aperitivos e do menu, mas as poucas e discretas tentativas de conquistar o Nissim foram por água abaixo! Algo teria de ser feito. O problema começava a ser grave. A minha grande arte da minha mão direita era uma maneira pouco eficaz de calar esses meus intensos desejos de carne viva.
Deixei de frequentar o “Sof Ha’Olam” e a começar a investigar por outros caminhos. Devia haver algures alguém tão morto de partilhar o seu corpo como eu. Um dia isso veio a acontecer. No Sing-Sing habitavam muitos colegas, jovens muito capitosos, mas sempre evitei - questão de táctica - de me desfraldar com aqueles com quem trabalho. Questão de bom senso ou covardia?
Comecei a caminhar à noite rua abaixo rua acima. O Miki sabia muito bem o que eu procurava, mas fechava os olhos. Uma noite sou abordado por um bonito rapaz que mal falava o Hebraico e nulo em Inglês. Vim a descobrir que ele era Argentino e aí ficou o assunto resolvido, graças às lições de Espanhol que recebera da Anita, em Beit Hashitá! Ele chamava-se Garcia e era um petisco. Seu pai devia ter sido um chefe de cinco estrelas. Tudo no lugar certo, muito apetitoso, mas bastante tímido. Ele, ali no meio da nossa rua sem tráfego algum aparte uma Lambretta de vez em quando, sob aquela lua cheia, o seu cabelo loiro e seus olhos dum muito pálido azul, refulgiam na noite. Era evidente que ele estava à beira do precipício com vontade de se amandar mas faltava-lhe a coragem necessária para apenas mais um pequeno passo avante. Ele olhava-me com disfarçados apetites mas não ousava abrir aquela sua boca carnuda a pedir um beijo. Embaraçadamente, ousa perguntar-me que horas eram. Quando lhe disse que eram dez e meia, que andava ele a fazer na rua a tais horas? Um nadinha mais à vontade, perguntou-me se eu gostava de homens, que se falava nisso em Eilat. Disse-lhe que sim, se ele estaria à minha disposição? Perguntou muito a medo se isso entre dois homens fazia doer? Disse-lhe que não! Ele baixou consentidamente os olhos. Seus olhos vagueavam ao longo da rua e eu aproveitei a deixa para lhe sugerir que o melhor era experimentar para não morrer estúpido. Ele atreve-se a indagar onde, onde poderíamos nós fazer essa experiência. Olhei para a iluminada janela da minha sala e vi o Miki atravessando esse espaço. Pelos vistos Miki ainda se não tinha deitado. Como, mesmo ao lado havia aquela construção mergulhada na penumbra da noite, convidei-o a irmos procurar guarida nesses sombrios escombros. Ele pareceu-me amedrontado mas seguiu-me. Esse edifício ainda sem portas nem janelas ofereceu-nos o lugar ideal para nos tirar de misérias. Ele porque tinha medo, eu porque já estava de pau feito. Ali, naquele silencioso breu, apenas a lua a rasgar suavemente as trevas, ele entrega-se-me rendidamente. Beijo alvoroçadamente aquela boca que se me abria numa promessa semicerrada. Desabotoei-lhe a camisa para lhe morder os bicos do peito que se escondiam sob aquela loira penugem. Desci-lhe as calças e mostrei-lhe as muitas criatividades de que uma boca e uma língua são capazes. Ele gemia de prazer. Docemente tentei virá-lo contra a parede mas ele resistiu. Baixou-se para dar largas à sua boca e sua língua sobre o meu corpo todo que ele começou a despir. Quando lhe introduzi o meu pica-pau na sua boca, descubro nele uma sanguessuga não açaimada. Finalmente ele volta-se de sua livre vontade e pede-me por tudo que não lhe faça mal. Humedeci-lhe aquela sua entrada ainda não inaugurada, banhei a minha palpitante erecção na minha saliva na palma da minha trémula mão, apontei o dardo e disparei. Ele deu um grito mas não fugiu ao assalto. Pelo contrário, com ambas as mãos apartou aquelas sua belas e rijas nádegas para facilitar a introdução até à raiz do assaltante. Famélico como estava dum belo traseiro oferecendo-se-me tão generosamente, o caudaloso rio que corria tumultuosamente dentro de mim chegou subitamente ao mar, sem se dar ao trabalho de, primeiro, serpentear langorosamente o seu caminho por entre vales e montanhas antes de desaguar. Pressenti que ele ficara um tanto desiludido quando me perguntou se era tudo? Disse-lhe que não, que amanhã haveria mais! Que já era tarde e que tinha que me levantar às seis da manhã. Vestimo-nos em silêncio e antes de se afastar perguntou-me se nos podíamos ver outra vez. Apontei-lhe a minha porta e disse-lhe para nela bater no dia seguinte por volta das nove da noite para tomarmos uma bebida e conhecermo-nos um pouco melhor. Ele responde-me que sim, que morava na porta mesmo ao lado, no terceiro andar, mas que não podia convidar-me a subir, pois que ele compartilhava o mesmo apartamento com mais cinco jovens que trabalhavam ali nas obras. Antes de nos separarmos ele esmaga-me contra si e desta vez foi ele quem me retribuiu aquele sôfrego beijo que tinha aprendido comigo: profundo!
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