mardi 15 septembre 2009

Cada Povo sua História
















Chegados ao Kibbutz fomos logo para a cama, cansados da viagem, e porque eu queria ter uma conversa muito séria com a Miriam acerca da nossa situação. Foi tudo dito em meias palavras tudo à base de um grande pudor de parte a parte. Essa discussão não nos levou a parte alguma, ficámos na mesma suspensa indecisão. Quando a conversa começou a afrouxar Miriam, como sempre, antes de dormir queria realizar as suas funções de esposa mas nessa noite eu estava como impotente, depois daquela longa conversa com o Zé! Nessa noite cada qual dormiu para seu lado.

No outro dia de manhã, no Chadar Ha’óchel, Miriam fazia de conta que eu não existia. Não me olhava nos olhos e não me dirigiu a palavra. Fomos trabalhar para o campo, apanhar nabos, e a sua birra durou o dia todo. Nesse dia eu tomei uma importante decisão: deixar o Kibbutz e deixar a Miriam. Para consolidar a minha decisão passei a noite com o Gerry no palheiro. Uma das noites mais inesquecíveis das muitas que viria ainda a ter no futuro. Eu tinha 26 anos e a vida quase toda à minha frente e eu queria vivê-la o mais intensamente possível!

Falei com o Zé ao telefone e ele aconselhou-me a deixar o Kibbutz e ir viver para o apartamento que eles tinham em Givataim, em Tel Aviv. Aceitei a proposta. O Zé pediu-me para eu preparar a minha saída do Kibbutz, ir ao Secretariado pedir os meus papéis, fazer as malas, e ele viria buscar-me de carro no próximo Domingo, que tinha tirado o dia para isso. No secretariado deram-me o diploma de Hebraico o documento como Residente Temporário e uma Carta de Segurança Social.

Preparei a Miriam para a nossa separação. Que ia trabalhar para Tel Aviv e que depois se veria. Entretanto ela conhecera um Judeu recém chegado a Beit Hashitá. Eles começaram a andar muito juntos e eu pensei: ainda bem! Agora ela vai ter o que precisa: um homem que a satisfaça todas as noites e, sobretudo, um Judeu com o qual possa fundar uma família dentro das tradições Judaicas. Talvez não por vontade própria, mas sim por obrigações seculares!

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