samedi 19 septembre 2009

O Miki e a sua Lambretta












Miki não estava alojado na Pnimia, mas sim em casa da sua mãe, que habitava uma velha casa à beira da estrada em Herzelia Centro. Muitas vezes ele me convidou a jantar nessa casa onde ele tinha um pequeno quarto com janela para a rua. Era ele que fazia os petiscos, sempre umas grandes saladas. Falávamos muito dos estudos e dos projectos de futuro e muito das nossas condiscípulas, muitas das quais ele bem gostaria de as meter na sua cama. A mãe do Miki não engraçava mesmo nada comigo, mas pareceu-me que ela não engraçava nada com ninguém! Tinha também uma irmã mais nova que ocupava um outro quarto ao lado do dele, mas que raramente encontrei na escada. Miki era realmente um gajo com o qual eu muito simpatizava. Tínhamos os mesmos sonhos e as mesmas ambições. Ele tinha uma Lambretta e ocasionalmente íamos até Tel Aviv ver outros hotés, ver como eles trabalhavam e, sem falta, roubar um cinzeiro para a sua já então vasta colecção. O seu quarto estava practicamente atolado de cinzeiros de todas as marcas. Tinha que ser daqueles cinzeiros que faziam publicidade a qualquer coisa. A única coisa que lhe desagradava a meu respeito foi ter-me visto algumas vezes sair de casa de um dos seus vizinhos, um turco que eu tinha “conhecido” na praia, que me convidava assiduamente para uma “bebidinha” em casa dele, mesmo em frente.

Quando ele um dia me perguntou que raio ia eu fazer a casa daquele maricas eu respondia-lhe que cada qual sabia as linhas com que se cozia!

Além desta pequena particularidade, Miki era um grande amigo e ambos gostávamos da companhia um do outro.

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