vendredi 18 septembre 2009

Ei-la! A Miriam! 47 anos depois!










Meses depois compro um bilhete de avião de ida-e-volta até Tel Aviv. Chegado ao Aeroporto pensei que ela estivesse lá à minha espera...

Erro! As suas responsabilidade familiares a tinham impedido!

Fui para casa do Miki, em Herzelia, e instalei-me na sua cama, no seu terraço, aquele terraço onde ele um dia ternamente me disse:

- קרמו, אני אוהב אותך

A única vez na minha vida que alguém me disse “amo-te”! Embora que, certamente, muitos outros o tivessem feito sem mo dizer, sem eu sequer ter reparado!

Nessa tarde telefonei à Miriam e dei-lhe a morada do Miki, em Herzelia. Ela prometeu-me estar lá nessa morada no dia seguinte às dez da manhã para um grande abraço e talvez um beijo. Nessa noite mal dormi! A noite pareceu-me não ter fim!

Quando chegada a hora, a campainha soou! Corri a abrir porta, e ela ali estava na minha frente! 47 anos depois daquela triste despedida em Givataim, quando ela me deixou sem sequer um adeus!

Ela ali estava na minha frente depois de tantos anos passados à sua procura!

O abraço e o beijo foram trocados. Depois fomos no seu carro até sua casa, em Ramat Hasharon, a dois quilómetros de Herzelia. Aí conheci o seu marido que, era evidente, para ele eu era um intruso, um indesejado! Ofereci-lhes um desenho meu já emoldurado que ela pôs na parede em frente da porta de entrada. Penso que ainda lá está. É a primeira coisa que se vê quando se entra!

Ela, entretanto, tinha comprado um piano, graças ao meu regresso à sua vida. A primeira coisa que ela fez mal chegámos, foi tocar-me “A Noite do Meu Bem”, essa bonita cantiga brasileira da Dolores Duran, -que eu lhe tinha ensinado em Beit Hashitá, e que tantas vezes ela ma tinha tocado só para mim, no piano da Beit Tarbut!...

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