mercredi 30 septembre 2009
Please Do Not Disturb
Na manhã seguinte, quando o Miki se levantou, Moshé já tinha seguido para Timna. Era evidente que Miki se tinha dado conta do que se tinha passado durante a noite nos meus domínios. De cara baixa, ele evitava olhar-me nos olhos. Enquanto se barbeava resmungou que me despachasse, que hoje tínhamos muito trabalho, que tínhamos cinco grupos que chegavam de Tel Aviv, que tínhamos que pôr as mãos à obra para que tudo estivesse em ordem para essa balbúrdia toda! Ao saír da casa de banho pede-me para eu me aviar, senão tinha que ir a pé! Ao sair dei com ele em cima da sua Lambretta à minha espera. Ao ver-me ligou o motor e avançou um pouco para me fazer lugar. Até chegarmos ao hotel nenhuma palavra foi trocada. Lá chegados cada qual tomou o seu caminho. O dia decorreu normalmente. Eu e a Cynthia preparámos tudo para receber os tais grupos que chegariam da parte da tarde. Orite apareceu de corrida para nos dizer que um dos grupos só chegaria por volta das sete da tarde, que tinha feito uma pausa em Beer Sheva! Tudo correu bem até às três da tarde, quando acabei o meu turno e o Zvika me levou a casa. Em casa tudo mergulhado em profundo silêncio. Tomei um duche, fechei as cortinas da sala e fui deitar-me para descansar um pouco. Mal tinha adormecido oiço passos. A porta guinchou um nadinha e, na minha frente, o Garcia sorria-me, perguntando-me se eu tinha tempo para ele. Claro que tinha sempre tempo para este tipo de visitas. Ele foi tomar um duche e depois veio meter-se comigo na cama. Como era de esperar, aquilo não era para uma sesta. As suas mãos começaram a percorrer o meu corpo todo. Claro que eu não resisti à tentação de o montar e procurar às cegas o meu tubo sobre a mesa de cabeceira. Quando eu estava a postos, a cumprir a minha obrigação de macho a provar ao Garcia que “aquilo” não doía, antes pelo contrário, o Miki entra-nos pela porta adentro. Primeiro estacou um segundo, depois foi ao seu quarto buscar não sei que documento, e voltou a sair sem sequer se voltar. O Garcia, depois do caso arrumado, fez as malas e deixou-me, desejando-me que o incidente não me causasse nenhum mal-entendido com o Miki. Ele seguiu a sua vida e eu fui tratar da minha. Fui à Merkaze fazer as compras e organizar o jantar para mim e para o Miki, para ver se as coisas não o tinham magoado ou ofendido muito. Passou-me pela cabeça o pedido que ele me tinha feito quando lhe bati à porta para partilhar o apartamento com ele: “Se quiseres foder, vai foder para o Deserto!”
Por volta das sete da noite, estava eu na cozinha a preparar o jantar - a mesa já estava posta na sala - Miki, muito sorumbático, entra pela casa dentro, dirige-se ao seu quarto e, logo a seguir, veio ao meu encontro, sempre muito macambúzio, com um daqueles avisos que se encontram em todos os quartos do hotel “do not disturbe”, para os hóspedes porem na maçaneta da porta, do lado de fora, para não serem incomodados. Ele põe-me esse pedaço de cartão na mão e, olhando-me nos olhos, deu-me uma das maiores provas de amor que me foram dadas na vida:
- Carmo! Quando quiseres foder, vai foder para a minha cama! Fecha a porta e põe esta merda na maçaneta, da parte de fora! Fode à vontade mas não me fodas os lençóis! Se for durante a noite, não é problema! Eu durmo na cama do Moshé! Tou fodido contigo! Um dia vou mas é fazer-me maricas! Porra, tu fodes mais numa semana do que eu no ano inteiro! Como é que vocês fazem? Nós, os homens, para foder uma gaja temos de casar com ela ou gastar uma porrada de massa!
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