A rotina nessa escola era, levantar-me às sete da manhã para começar o dia, mas como não tinha despertador, pedira ao chófer do primeiro autocarro United Tours - que passava todas as manhãs por volta dessa hora - que apitasse forte para me acordar. Vestia-me a cem à hora e, depois, numa corridinha, ir até ao refeitório do Tadmor para o pequeno almoço. Depois a aula até às 13 horas e, logo a seguir ao almoço, trabalho! Uns dias na recepção, outros na cozinha, enfim, todos os ofícios ligados, para aprendermos essa profissão tão agradável que viria a ser a minha ocupação para quase o resto da minha vida.
Na cozinha aprendi a cozinhar, depois a servir às mesas; no “housekeeping” aprendi a fazer uma cama e limpar um quarto; nas reservações, a saber toda aquela mecânica e matemáticas de controlar as reservações, que tanto podiam ser para o mesmo dia como para o dia seguinte, como para dentro de alguns meses! Mas, sobretudo, a recepção e “marketing”, com o qual saber fazer o hotel dar lucros chorões aos proprietários que se levantavam ao meio-dia e andavam sempre de férias ou em viagens de negócios, correndo meio-mundo, com o suor dos nossos rostos.
Depois de quatro horas de trabalho diário tínhamos o resto do dia e do serão para nos divertir um pouco na Pnimia, fazendo camaradagem uns com os outros, jogando às cartas e coisas no género: tal como ir ao cinema ou a Tel Aviv tomar um copo ou para uma pirocada num canto escuro ou vão de escada. Tínhamos que consultar o relógio constantemente, pois que o último United Tours para regressar a Herzelia era um pouco antes da meia-noite.
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