Os directores eram simpáticos e mesmo nada arrogantes, mas o nosso professor embirrava comigo pelo facto de eu não ser Judeu. Humilhava-me sempre que podia para ver se eu deixava a escola por minha própria decisão, mas eu fazia-me mouco e sofria em silêncio todas essas afrontas, pois que queria acabar o meu curso e obter o meu diploma e, sobretudo, porque adorava a camaradagem existente entre todos os outros meus condiscípulos e as farras que fazíamos e, mais do que tudo, porque amava esse país! Uma manhã ele vociferou que ali não era lugar para Goys e que iria falar com os directores para que eu fosse para o meio da rua!
Uma das suas alunas, a Orit, levantou-se e, muito escandalizada, disse que se eu fosse expulso por essa razão, ela também abandonaria a escola! Suguidamente, mais alguns alunos se levantaram e ameaçaram fazer a mesmíssima coisa. Um deles foi o Miki, que era um dos meus melhores amigos.
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