Todos os Sábados ele pegava no seu descapotável e no Kadish e lá íamos à descoberta de Israel. Mostrou-me todos os sítios históricos e lugares santos do país. Ou melhor, penso, mostrava-me a todo o país, muito bem arreado e no auge da minha beleza física. Penso que para ele eu era mais um dos seus tão apreciados luxos. Foram certamente uns tempos muito especiais para mim, a despeito de, por vezes, me sentir um tanto “gigolo” nessa história toda. Mas não tinha a mínima dúvida de que eu, para o Bob, era parte daquela imagem que para ele parecia ser de importância capital: um belo carro, um cão de raça, e um homem jovem e bonito a seu lado. Eu não me importava mesmo nada de ser jovem e bonito pois que já tinha compreendido desde há muito que tudo isso era sol de pouca-dura! Uma das suas paixões era fotografar-me todo nu. E eu gostava de ser fotografado todo nu! Muitas fotos dessas foram feitas no seu sumptuoso salão. Guardei algumas delas.
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