mercredi 23 septembre 2009
Judy Waiting For Joe
Depois do jantar ele levou-me ao Night-Club do hotel, onde actuavam dois artistas americanos, a Judy Harriet, que vinha directamente de Hollywood, e um cantor mulato que se chamava Dov Shabbat. Além da pista de dança cercada de mesas e cadeiras onde os clientes se sentavam para um jantar ou tomar bebidas enquanto desfrutavam o espectáculo, havia também uma sala onde havia uma pequena roleta. Ele sugeriu que eu ficasse para o “show”, mas que ele se ia deitar, que estava esgotado e que, esse show ele já o tinha visto uma pancada de vezes. Que não ficasse até muito tarde pois que eu seria acordado às seis da manhã para tomar o meu pequeno-almoço, e depois ir fazer com ele o turno da manhã, para ele me mostrar como se passavam as coisas. Que eu trabalharia sempre com ele, uma semana de manhã, uma semana da parte da tarde e, eventualmente, fazer algumas noites com o responsável das contas correntes. Que a minha chave devia estar sempre na recepção e não no meu bolso, pois que tinha atracada a ela um bola de chumbo que pesava cem gramas! Disse boa noite e voltou-me as costas. Costados, diria eu! Ele era alto e belo como uma estátua esculpida por Miguel Ângelo com uma cara pintada pelo Diego Velázquez.
Não resisti à tentação e fiquei até ver parte do show. Primeiro actuou o Dov Shabbat, um bonito mulatinho que tinha uma boa voz, sabia cantar, mas que não tinha repertório próprio. Ele mexia-se bem e dava nas vistas. Parecia agradar mais aos clientes masculinos do que aos femininos. Compreendi porquê! Ele era muito sensual mas era dono duns requebres de odalisca. Depois foi a vez da Judy Harriet actuar. Ela foi, para mim, uma revelação! Era, antes de mais nada, uma beleza daquelas que Hollywood nos habituara a consumir, tinha uma voz soberba, cantava divinamente, e tinha repertório seu. Uma cantiga que ela cantou que me ficou no ouvido foi “Waiting for Joe”! Mais tarde ela me ofereciria um exemplar desse seu disco que ainda conservo. Por volta das duas da manhã fui deitar-me e mergulhei no sono como um prego deitado às águas da Kinérete!
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