mercredi 23 septembre 2009
A Vista do meu Quarto no Ginton
Do centro da cidade vislumbrei aquela estreita estrada que trepava pela encosta acima. Perguntei a um passante onde era o Hotel Ginton e ele, apontando-me o topo da montanha, diz-me:
- Lá em cima! A última paragem do autocarro.
Esperei alguns minutos e apanhei esse autocarro que ele me indicara. Quando a hora chegou, arrancámos por aí acima, apenas uma curtíssima viagem de cinco minutos. Lá chegado, mesmo em frente do Ginton, subo os poucos degraus que me separavam do hotel, e fui direitinho à recepção. Fui atendido por um rapaz dum garbo excepcional que, quando me apresento, me diz que estavam à minha espera, e conduziu-me a um quarto do hotel, no primeiro andar, dizendo-me que, entretanto ficaria alojado no hotel até se encontrar um quarto perto do hotel, par evitar aquela grande rampa do centro da cidade até cá acima. Ele acompanhou-me a esse quarto, deu-me a chave, apertou-me a mão, e apresentou-se como sendo o Victor, o chefe da recepção. Pediu-me para deixar a minha mochila no quarto, para me ir apresentar ao director e mostrar-me o hotel.
O director, no seu escritório, lendo o seu jornal, olhou-me “de alto a baixo” sobre as suas lunetas e mandibulou:
- Olá! Bem-vindo ao Ginton! Fica nas mãos do Victor e fica em muito boas mãos! Aprenda com ele tudo o que ele tem a lhe ensinar!
E em surdina: mais outro estagiário...
Isto dito ele voltou à sua leitura e o Victor mostrou-me o hotel todo. Alguns quartos, a casa de jantar dos hóspedes e, por fim, a cantina do pessoal, que era mesmo por detrás da recepção e ao lado do senhor leitor de jornais. O meu contacto com esse senhor foi tão vago e tão curto que nem sequer tive tempo de reter o seu nome! O Victor, esse sim, reteve toda a minha atenção! Antes de mais nada porque era o que se chama um “belo-homem”, segundo pela sua afabilidade e atenções. Ao regressarmos à recepção ele diz-me que “por hoje é tudo”, vá dar uma volta para conhecer Tibérias, e esteja de volta às sete horas para o jantar.
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