lundi 14 septembre 2009

O canapé Mágico












Uma vez fomos passar um fim-de-semana a casa do Zé Melo e a Rita, a sua mulher. Passámos lá a noite, pois que não haviam quartos disponíveis na YMCA. Dormimos no canapé da grande sala de estar do Zé e da Rita. Eles tinham uma filha, mas ela encontrava-se então em Lisboa com os avós paternos. Na manhã seguinte o Zé veio acordar-nos para o pequeno-almoço.
Horas mais tarde, enquanto a Rita e a Miriam confraternizavam na cozinha, o Zé disse-me que nem queria acreditar de me ver na cama com uma mulher! Contei-lhe a história dos problemas familiares da Miriam por causa de eu não ser Judeu, e que eles tinham sugerido que eu me convertesse ao Judaísmo para eventualmente me casar com ela, ter filhos dela e assim realizar o meu grande sonho de um dia ter um rapazinho que me chamasse pai! O Zé pediu-me para nunca me converter ao Judaísmo, como ele tinha feito para se casar com a Rita. Que a circuncisão era um horror. Que quando bebé a coisa sarava rapidamente, mas quando adultos era um longo e horrível sofrimento físico. Que depois disso ficou com problemas de ejaculação precoce e ameaças de impotência. Que nem pensasse nisso! Mesmo para ter relações sexuais com a mulher era uma tortura! Mesmo assim passámos um bom fim-de-semana, com uma grande volta de carro com o Zé e a Rita, a mostrar Jerusalém à Miriam. Logo que Shabbat saiu - quando o sol se põe - tomámos um autocarro para regressar a Beit Hashitá. O Zé pediu muita desculpa de não nos poder levar a casa no seu carro, mas tinha uma reunião importante no King David Hotel.

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