jeudi 24 septembre 2009

Eilat! Cá venho eu a caminho!











Chegado a Ramat Aviv, entrei no arcaico aeroporto da Arkia, comprei uma só ida para Eilat. Mesmo assim, tive de esperar duas horas pela próxima descolagem. Não fiz disso um drama, pelo contrário, fiz disso uma grande aventura. Tomei um café no Bar e depois fui dar uma volta para ver aquele grande descampado. Pus a mão em pala e lobrigo ao longe um pequeno hotel que tinha já visto da camioneta ao longo da estrada Tel Aviv-Haifa, ali muito perto de Herzelia. Eu já tinha ouvido falar nesse hotel quando trabalhara no Hod. Curioso, apanhei um táxi. Dois ou três minutos depois fui deposto frente a esse hotel. O hotel era pequeno mas já bastante moderno para essa época. Entrei à procura dum urinol, aliviei a bexiga e tomei um sumo de toranja no Bar. Dei um salto à recepção e, Santo Deus, um dos meus condiscípulos do Tadmor estava lá a trabalhar ou a acabar o seu estágio. Ele era um rapaz que mal conhecia pois que ele não se alojara na Pnimiá, e também porque era um rapaz pouco cominicativo, de muito poucas falas. Porém, quando me topou, levantou a mão alegremente e perguntou-me “má-nishmá”? = “Que há de novo”?

Contente da vida, vou-lhe apertar a mão e pedir notícias dos seus avanços na profissão. Ele nem sequer me deu tempo de fazer qualquer pergunta! Atacou logo com a grande novidade que o hotel procurava um “night-auditor”, que fosse ver o chefe do pessoal. Disse-lhe que não estava interessado, que ia para Eilat! Eilat? Risposta-me ele. Aquilo é o fim do mundo, ninguém pode viver lá perdido no Negev, entalado entre o Egipto e a Jordânia, que só iam para lá viver os reformados! Disse-lhe que tinha muita pena, mas que já tinha comprado uma ida na Arkia, e que o avião descolaria dentro duma hora. Ele estava bastante ocupado com o telefone e hóspedes que chegavam, e pediu ao chófer do hotel que me acompanhasse ao aeroporto.

Nesse muito rudimentar aeroporto, comprei um jornal e sentei-me num banco a practicar o meu Hebraico lido, coisa então nada fácil! Mas era útil e ajudava-me a passar o tempo. Já eram quase três e meia e a avioneta descolaria às quatro em ponto. Cheguei ao mísero quiosque e pedi uma “faláfel” e um sumo de toranja e um maço de cigarros Avis, o que então fumava nessas alturas. Sentei-me num banco a comer a minha faláfel e a sorver aos golinhos o meu sumo. Isto feito, acendo mais um cigarro. Nesses tempos fumar não matava, matavam eram os anos!

Entretanto começaram a chegar outros passageiros para esse mesmo voo da Arkia para Eilat. Quase todos jovens muito barulhentos e carregados de mochilas. Certamente ansiosos de chegarem a Eilat para algumas férias. Outros, mais pacatos, pareceram-me talvez serem moradores de Eilat que voltavam a casa depois de terem tratado de alguns negócios ou feito algumas compras em Tel Aviv, pois que não vinham de mochila, mas sim carregados de sacos de plástico a rebentarem de misteriosos conteúdos, alguns bem mal cheirosos.

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