Depois fomos para o Ulpan e, pela primeira vez, empurrado pelo Guershon, lá vamos ambos tomar um duche nos balneários ali mesmo por detrás das nossas cabanas. Quando lá chegámos já lá estava a malta toda nua e a brincadeira do dia era ver quem tinha o astro-rei mais luminoso. Aí apercebi-me que os homens gostam muito de brincar com aquilo que é seu mas, por vezes, com o que é dos outros também não é nada desagradável. Foi de resto a única coisa que percebi, pois que todos falavam “american” e eu ficava a ver navios. E bonitos corpos de jovens bem modelados em todos os sentidos! Como eu era novo ali, acabado de chegar, deixaram a minha meia-lua em paz. Mas isso não duraria muito tempo... depois todos queriam ver como eram os não circuncidados... Alguns deles provaram, gostaram do sabor, e vieram depois pedir mais para levarem para casa como recordação. Eu não sabia como se dizia pénis em Inglês e comecei a chamar-lhe “ciclope”. Perguntaram-me porquê eu lhe chamava ciclope e eu expliquei que era um pequeno monstro com um só olho na testa. Acharam graça e a moda pegou. Depois, quando passavam por mim na rua, perguntavam sempre como ia o meu ciclope.
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