Os meus estudos de Hebraico iam de vento em poupa, assim como a rotina geral de todos os dias. Para variar, por vezes dava um salto até à casa do Yakov e da Shulamite para tomar um grog e ficarmos na palestra até não muito tarde pois que no Kibbutz vai-se para a cama muito cedo para nos levantarmos cedo para ir trabalhar e porque o refeitório, para o pequeno-almoço, era só até às nove da manhã.
O meu curso estava quase a acabar e a Ruti um dia pergunta-me se eu, a despeito de não ter feito os seis meses, gostaria que ela me propusesse para os exames e eu disse que sim, porque não. Ela tinha ficado muito impressionada com o meu Hebraico, dois meses depois de ter começado - ver a data em cima/cheguei a Beit Hashitá no dia 14 de Outubro 1960 - quando ela descobre já o começo dum poema meu em "Ivrit" , escrito na contracapa do meu primeiro e último caderno dos meus estudos na Kitá!
Do Melo nunca mais tive notícias. Um dia telefono-lhe, dizendo-lhe que gostaria de conhecer Jerusalem e estar com ele um dia ou dois e ele diz-me que qualquer Sábado estava bem com ele. Combinamos imediatamente no próximo Sábado! Ora Shabbat, em Israel é desde o pôr-do-sol na sexta-feira, até ao pôr-do-sol de sábado. Assim, nessa sexta-feira apanho o autocarro para Afula, e daí um outro para Jerusalém.
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