dimanche 13 septembre 2009

Jerusalem - King David Hotel









Mal cheguei a Jerusalém fui a correr a pé perguntando a todos os transeuntes onde era o King David Hotel. Depressa lá cheguei. Não era mesmo nada longe da Estação dos autocarros. Quando entrei a porta do hotel deparasse-me um loby dum luxo inesperado. O Melo estava a trabalhar na recepção, muito ocupado, e pediu-me que o esperasse por ele no YMCA, mesmo em frente, que estaria lá depois das três, quando acabasse o seu turno. Dei uma grande passeata a descobrir maravilhado toda a estranha beleza dessa bíblica cidade. Corri seca e meca para tudo ou quase tudo os meus olhos embriagadamente explorarem.

Às três da tarde lá me fui sentar no hall do YMCA à espera do meu Melo de há já tanto tempo. Tomei uma cerveja enquanto esperava e observava aquela fauna um tanto estranha que rodopiava à minha volta. Eram gente de muitos universos diferentes mas quase todos falavam Inglês com um sotaque bem americano. Por volta das três e meia chega o Melo muito esbaforido, ajustando o seu cinto, que veio sentar-se desastradamente a meu lado, na outra cadeira disponível. Pediu outra cerveja pare ele próprio, perguntando se eu queria outra. Disse-lhe que não, que uma me tinha chegado. Depois de umas goladas e umas fumaças, ele levanta-se e vai à recepção reservar um quarto para mim para uma noite, pois que ele tinha quarto no hotel mas não podia receber visitas.

Depois ele levou-me a visitar o túmulo do King David e outras ruelas bastante árabes, onde haviam “shuks” por toda a parte. Jerusalém nessa altura ainda estava dividida por um alto paredão dividindo a Jerusalém Árabe da Jerusalém Judaica.

Demos depois uma volta pelo centro da cidade moderna e aí entrámos num restaurante para jantarmos. Não me perguntem o que foi o jantar! A única coisa que recordo, que foi muito embaraçoso para o Zé – como eu a partir desse dia comecei a tratá-lo – pois que todos se calaram à nossa volta e fixaram ofendidamente a nossa mesa, foi que, ao esticar um braço para lhe tocar a cara, não sei como se diz isto em Português da alta, mas que desde menino eu dizia: peidei-me!

Após uma boa cafézada e alguns cigarros, o Zé pagou a conta e saímos para dar uma volta. Num cinema mesmo ao lado estavam a exibir um filme italiano com a Sophia Loren, intitulado “Yehudite” – Judia em Hebraico. Como nessa altura a Sophia Loren era um petisco, fomos petiscar. Esse foi a primeira vez que eu fui a um cinema em Israel, aparte todas as quintas-feiras em Beit Hashitá, na Beit Tarbute, quando tínhamos que acartar uma cadeira dos nossos quartos, pois que não havia assentos nessa sala.

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