dimanche 13 septembre 2009

O Ulpan








Regressei ao Ulpan, meti-me no meu quarto a desfazer as malas. Como me tinha sido atribuído um pequeno armário aos pés do meu divã, arrumei a minha tralha e senti que a minha nova vida acabava de começar. Poucos momentos depois, alguém me bate à porta falando-me em Espanhol. Era a Anita. Ela era uma bonita rapariga nascida e criada em Barcelona. Tinham-lhe dito que um português acabara de chegar e que ela me viesse ajudar no que fosse preciso e que estivesse ao seu alcance. Ela foi realmente uma grande prenda caída dos céus aos trambolhões! Eu tinha aprendido algum Espanhol com a Sarita Montiel nos seus filmes de Violeteras e coisas mais, e assim já tinha uma alma com quem comunicar. Ela explicou-me que eu tinha de começar a trabalhar no campo a partir do dia seguinte, que tinha de me levantar às seis da manhã, que me viriam acordar, e que precisava da roupa e botas de borracha para trabalhar nas fazendas, então já no Inverno lamacento de todos os Invernos, que o Kibbutz fornecia aos ulpanistas. Queria isto dizer, aqueles que habitavam no Ulpan. Ela levou-me a um sítio que se chamava a “machssan”, onde se podia ir buscar as roupas escovas e pasta de dentes. Também, uma vez por semana, dez maços de cigarros, café e chá, açúcar, fósforos, e sei lá que mais.

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