dimanche 13 septembre 2009
Tudo acaba no fim
Atravessei a rua e entrei no King David. Lá estava o Zé muito ocupado com o seu trabalho. Atendia um casal de americanos e quando me acenou aproximei-me da recepção, encostei-me discretamente, e esperei que ele terminasse as suas funções com aqueles muito obviamente multimilionários americanos, muito arrogantes e cheios de dinheiro e peneiras! Quando eles se afastaram o Zé apertou-me a mão, perguntou-me se eu tinha dormido bem, que tal o quarto e a cama. Respondi-lhe que foi tudo tip-top. Quando ele me perguntou se eu tinha gostado da piscina, que tal o serviço, era evidente que, segundo um sorriso muito especial nos seus olhos, que ele também lá ia de vez em quando despejar as bolotas.
Como combinado fui esperá-lo à porta do hotel às quinze horas e daí demos mais um passeio e falou-se de como eram as coisa no Kibbutz, que tal a Ruti, e se era muito difícil aprender o Hebraico. Em Hebraico disse-lhe que não, que era uma língua fascinante, que era um gozo imenso aprender sempre mais um pouco cada dia que passava. Ele abriu os olhos desmesuradamente, as suas sobrancelhas subiram-lhe pela testa acima e, em Português, atira-me:
-Porra! Já falas melhor do que eu e já cá estou há dois anos!
Depois de mais outra cerveja, coisa que muito se consome em Israel devido ao calor tórrido de quase todos os dias, a despeito de Jerusalém ser a cidade mais fresca do país. Depois dessa cerveja e umas cigarradas, foi-me acompanhar ao autocarro para eu voltar para Beit Hashitá. Quando o autocarro arrancou acenei-lhe da janela e prometi-lhe que viria muitas mais vezes a Jerusalém, que tinha gostado muito do YMCA, muito mais do que o túmulo do Rei David! Ele faz-me um grande manguito e grita:
- Seu malandreco!
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