dimanche 13 septembre 2009

Gan Yeladim - Jardim de Infância











A Ruti costumava, no intervalo das aulas, ir tomar um café num dos quartos do Ulpan, que estavam todos ocupados por três jovens, mas ela gostava muito de o vir tomar no meu quarto, com o Guershon. Penso que o que ela realmente queria era dar-me explicações privadas. Ela era casada com um homem que era uma estampa e tinha dois filhos pequeninos encantadores. Uma coisa que eu não estava de acordo com as regras do Kibbutz era que haviam os “jardins de infância” onde todos os miúdos do Kibbutz eram criados. Lá comiam, lá dormiam e lá aprendiam as primeiras lições da língua materna. Só estavam em casa dos pais ou com os pais, duas horas da parte da tarde.
Quando, já começando a poder exprimir-me em Hebraico, essa língua morta que eu sem dificuldade aparente fazia ressuscitar, disse à Ruti que não estava de acordo com aquelas tácticas do Kibbutz das crianças crescerem apartados dos pais. Ela explicou-me que, de um modo geral, nas grandes cidades, os pais ambos trabalhavam e as crianças ficavam naqueles “jardins de infância” dos grandes aglomerados, e que as crianças só estavam com os pais à hora do jantar e depois iam para a cama. Que no Kibbutz elas estavam com os pais apenas duas horas, mas que era também duas horas que as das grandes cidades estavam com os pais e que, assim, tanto em Beit Hashitá como em Tel Aviv, em qualqeur dos casos, as crianças viviam afastadas dos progenitores, e que estes, assim, ficavam livres para cumprirem os seus deveres profissionais! Concordei e pus uma pedra no assunto!

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