lundi 5 octobre 2009

A Vista do Café do Centro









Em Zfat tudo se passava lá em baixo, no “casbah”, onde haviam, além das moradias e dos ateliers, um clube nocturno que se chamava “Shaót-Há’Ktanót” (Altas-Horas), instalado nuns velhos banhos turcos subterrâneos. Havia igualmente um pequeno e muito pitoresco hotel que, pelo seu nome, me chamou logo a atenção. Era o Herzelia Hotel! À noite, passear pelo “casbah” era realmente uma verdadeira “mil e umas noites”! As iluminações públicas eram muito raras, e quase que só a luz escoada pelas janelas iluminadas nos mostrava o caminho. Nas ruas haviam poucos transeuntes. Apenas às horas das crianças saírem da escola, havia algum movimento. Carros, muito raros, e autocarros nenhuns! Aparte aqueles que chegavam de Tibérias, paravam ali no pequeno largo, descarregavam os passageiros, alojavam outros que o aguardavam para regressarem a Tibérias. O pequeno Café com largas janelas para o vale estava quase sempre cheio. Era lá que eu começaria a passar as minhas horas livres para tomar um copo, ver os amigos, e deleitar-me com aqueles sublimes pôr-do-sol sobre o “casbah” e aquele vale duma imensidade infinita! Parecia querer ultrapassar o horizonte!

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