mardi 13 octobre 2009

Perigos Nocturnos
















Durante esses três dias visitei a cidade e planeei dar um salto até Capri, essa ilha que desde que lera um livro de Axel Munthe, sonhara conhecer! Entrei numa agência de viagens e indaguei o preço duma ida e volta a essa maravilhosa ilha que me acenava lá ao longe. O preço era 47 dollars! Os meus bens eram apenas os meus bilhetes de combóio para visitar Roma, Florença, Pisa, Génova, Milão, Torino, Verona, e Veneza. Depois saltava para a Suiça para visitar Robin em Genéve e, daí, Paris, Madrid, e Lisboa. Os poucos dollars que tinha comigo andavam sempre dentro duma das meias que eu calçava, apertados por uma liga. Tive vergonha de perguntar onde era a retrete e decidi voltar no dia seguinte para comprar a minha tão desejada visita a Capri!

De regresso à Pensão La Mamma saquei 47 dollars da peúga e meti-os no meu porta-moedas, assim como uns cobres para ir tomar m café à noite na cidade. Saí para ver Nápoles “by night” e fui-me sentar na mesa duma esplanada a ver passar as belezas locais. Passaram e repassaram, para todos os gostos. Talvez por eu ter um arzinho de turista, comecei a ser notado por alguns passantes que me lançavam ostensivos prometedores sorrisos. Como tinha passado cinco dias no barco em jejum, o meu “piccolino” começou a pedir-me papa! Estava mesmo a babar-se de gula! Como propostas directas não me foram feitas, e como no cinema em frente estavam a exibir o filme “Exodus”, resolvi dar uma volta pela “piazza” e depois entrei no cinema para rever esse filme que já tinha visto em Jerusalem com o Melo e, depois, caminha. Sentei-me numa fila que estava quase vazia. Durante a projecção dos documentários, dois jovens vieram sentar-se ao meu lado, como se não houvessem outras cadeiras desocupadas na sala. Olhei-os de esguelha, e verifiquei que eram dois “pêcegos” quase a cair da árvore. Eram dois rapazes muito jovens, aí dos seus dezanove anos, bonitinhos e muito comunicativos. Ao entervalo levantaram-se para dar uma volta e tomar uma bebida no bar, e eu segui-os. O meu “piccolino” começava já a tranbordar-me dos elásticos. Uma vez mais avaliei qualidade da mercadoria, e eles eram realmente uns pêcegos muito papáveis. Quando a campaínha tocou voltámos aos nossos lugares, e pensei que, talvez, desta vez, eles fossem ocupar outros lugares. Enganei-me! Vieram sentar-se novamente junto de mim, e o mais próximo de mim começa descaradamente a roçar a sua perna pela minha. Pensei com os meus botões que essa técnica devia ser internacional. Correspondi ao afago e, docemente, uma mãozinha muito leve começou a subir-me pela coxa acima. Chegado ao meu “piccolino”, essa mão amassou-o quase durante toda a duração desse filme, que era realmente muito longo. Quase que não vi o filme! Não conseguia concentrar-me! A minha idéia e os meus olhos estavam plantados nesse jovem que parecia apreciar as minhas dimensões. Enfim, terminado o filme, levantam-se, saem do cinema e tomam ali um caminho à beira-mar, na direcção do Castel Nuovo, lá ao fundo, quase na orla das ondas. Tanto olharam para trás para verem se eu os seguia que resolvi fazer-lhes a vontade! O meu “piccolino” estava mesmo faminto dum jovem e fresco “asino”!

Eles só pararam perto das torres do Castel Nuovo e aí, tomaram conta da situação e atiraram-se à presa com unhas e dentes! Eu tinha ali dois “asinos” na minha frente e já não sabia qual deles visitar primeiro. Um deles, o mais ousado, depois de ter arejado um puco o meu “piccolino” que já estava mais do que “pieno”, baixou as calças e pôs o seu palpitante “ano” à minha disposição! “Piccolino” perde as estribeiras e arranca para essa tão ansiada viagem através do húmido breu desse “intestino napolitano”! Depois de ter feito o meu trabalho, arrumo o “piccolino” no seu lugar e, enquanto me recompunha, espantado, vejo esses dois jovens afastarem-se sem me dizerem um adeus! O pior foi quando cheguei ao meu quarto na pensão La Mamma e me despi para ir para a cama. Despejei os bolsos das calças e, ao abrir o meu porta-moedas para ver se tudo estava em ordem, descubro com um grunhido de raiva que os meus 47 dollars que lá tinha posto para ir na manhã seguinte a essa Agência de Viagens comprar o meu ida-e-volta para Capri, os A7 dollars tinham-se evaporado! Desde esse dia, em Nápoles, nunca mais tive confiança em ninguém, e andava sempre com as mãos nos bolsos a aconchegar o meu porta-moedas para ver se ele não se constipava!

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