lundi 5 octobre 2009

Posando para o Momo
















Algumas vezes posei para ele para as suas pinturas, quando não era eu que tentava aprender a pintar e a usar o seu pincel. Nunca cheguei muito longe, pois que o desenho era-me muito mais familiar. Um belo dia Momo informou-me que no Herzelia procuravam um recepcionista, pois que os seus patrões, o simpático Moshé e sua esposa, a Sarah, queriam ter mais liberdade para estarem com a filha deles que se tinha casado e vivia num Kibbutz ali perto. Que agora tinham um netinho que gostariam de o ver crescer. Falei com eles. Eles aceitaram-me e propuseram-me um salário, pois que as gorjetas eram poucas. Propuseram-me um quarto no hotel até eu encontrar casa em Zfat. Momo, que estava presente, imediatamente me propõe eu ir viver com ele. Sarah, que estava já ao corrente das nossas relações, concorda, mas com uma condição: estarmos lá, ambos, todos os dias às sete da manhã para substituir o guarda-nocturno. Que não tínhamos horários fixos, que depois logo se veria, consoante a disponibilidade dela e do seu marido.
Quando disse ao Victor que no fim do mês eu deixaria o Rakefet para ir trabalhar para o Herzelia, ele olha-me e, quase numa praga, resmungou que a culpa tinha sido dele, que me tinha enviado ao parque à cata de parceiro, e que agora quem se lixava era ele! O senhor Neuman, o dono do Rakefet, veio ter comigo e propôs-me um aumento de ordenado, que não me fosse embora, que o Rakefet era um hotel de futuro, e que o Herzelia era um hotel pindérico que só vivia das excursões que todos os dias iam lá almoçar! Declinei! Eu queria estar perto do Momo o tempo todo, e viver visceralmente a paixão carnal que nos amarrava um ao outro! A Eva também ficou com pena que eu me fosse, assim como alguns colegas, mas o meu destino estava traçado! O corpo do Momo, a sua boca sempre em chama, era como uma fateixa que me tinha aprisionado a uma inesperada escravidão. Tivemos dias de fazer amor todas as oportunidades que se nos deparavam. Não sei o que realmente se passava com ele mas, comigo, foi a maior paixão física que me assolaria até à última vez que nos vimos! Na cama ele era Fogo! Fogo que eu - talvez o seu melhor bombeiro - lhe apagaria até um dia!

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