jeudi 8 octobre 2009
Noite de Lua Cheia
O meu amor pelo Zé continuava bem vivo, e eu tinha que o ocultar para evitar certos desconfortos. Mas a Rita pressentira-o, desde os tempos do Tique-Taque, e aceitava a situação com muita fleuma. Uma noite, quando o Zé não veio jantar - sabíamos que ele andava atrás da sua secretária - ela pediu-me para vir com ela bater à porta dessa dita senhora, em Jerusalém, e perguntar-lhe se tinha, por acaso, visto o Sr. Melo!? Disse-lhe que não achava essa a melhor maneira de resolver o assunto, que quando o Zé voltasse eu falaria com ele a esse respeito, que a família era sagrada!
À noite, como fazia muito calor, deitámo-nos nos ladrilhos da grande varanda, um tanto desnudos, a ouvir os grilos ralos. Ela olhou-me muito rigidamente nos olhos, e conta-me aquela história quando do copo de água do seu casamento, que foi dar com o Zé em cima da cama deles a fornicar a sua melhor amiga!
Depois, pondo-me a sua branca mão sobre o meu ventre, cicia-me:
- O que o Zé merecia, era que eu também fosse agora para a cama com o seu melhor amigo!
Essa é outra passagem da minha vida que se alojou na minha memória para todo o sempre, até ao dia em que memória já não tenha! Rita era linda, e nessa noite, banhada pelo luar, era uma diva que eu desejei ter cavalgado!
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