jeudi 15 octobre 2009
A Bela Génova Toda a Meus Pés!
Na manhã seguinte, depois duma boa noite de repouso, tomei um banho e vesti-me de lavado. Agarrei nos trapos que acabara de despir, lavei-os na tépida água do meu banho, e estendi-os sobre a barra da cortina sobre a banheira, a secar. Desci ao rés-de-chão, onde tinha visto na véspera uma pequena casa de jantar. Estava tudo a postos. Quando entrei fui saudado por uma bonita rapariga com um muito cantante “buongiorno”! Ela apontou-me uma mesa mesmo ao pé da janela, como sempre foi tão do meu agrado. Rapidamente foi-me servido um pequeno-almoço realmente muito pequeno: dois “panini”, um pratinho com bolas de manteiga e um pouco de marmelada, assim como um jarro com café e outro com leite. Regalei-me, enquanto, através da janela, procurava familiarizar-me com o movimento desse grande largo frente à estação dos combóios, que tinha um nome igualmente a mim muito familiar: Cristóvão Colombo, com sua imponente estátua ali mesmo ao meio do largo em frente dos meus olhos! Depois de ter saboreado lentamente o meu pequeno-almoço, acendi um cigarro, continuando a observar o tráfego. Depois levantei-me e pedi para fazer uma chamada em Génova. Pediram-me o número e depois passaram-me a chamada para um telefone dormitando ao canto do balcão. Peguei no telefone e, em Inglês, pedi para falar com o Tino. Tinha sido o Tino em pessoa quem tinha respondido. Disse-lhe que era o Robi, e que estava instalado num pequeno hotel na Piazza Cristoforo Colombo, mesmo em frente da Estação dos Caminhos de Ferro. Ele, muito excitado, disse-me para aguardar, que ele morava perto, e que vinha já dar-me um abraço. Aguardei no pequeno hall de entrada, fumando outro cigarro e folheando uma revista italiana que estava pousada em cima duma pequena mesa coberta com os jornais do dia. Ao mesmo tempo olhava de vez em quando a controlar as entradas e saídas . Do Tino só tinha visto um foto que ele me tinha enviado, esperado que o caso com o Marco, em Roma, não se repetisse. Nessa foto que guardara do Tino, ele mostrava-se alto, com um belo sorriso. Subitamente, alguém se aproxima de mim pé ante pé, e pergunta-me se eu era o Robi. Disse que sim e ele apresentou-se como sendo o Tino. Olhei-o uns instantes e fiquei encantado com a pessoa. Ele era ainda mais cativante do que na fotografia, e tinha uma voz que era como música nos meus tímpanos. Levantei-me, apertei-lhe a mão, e convidei-o a sentar-se na cadeira a meu lado. Ele acedeu, sentando apenas uma nádega na beirinha dessa cadeira, dizendo que tinha de se apressar, que o seu trabalho o aguardava, que já estava um nadinha atrasado. Pousou a sua bonita mão muito morena sobre o meu joelho, dizendo-me que estava encantado de me conhecer! Os seus olhos diziam-me em meias palavras que eu também lhe agradava, quanto mais não fosse, fisicamente! Ele agradava-me dos pés à cabeça, e a sua voz enleava-me como um limo em torno dum nenúfar. A sua sensualíssima voz dizia-me em Inglês: “nice to see you”! Os seus olhos muito negros e pestanudos diziam-me em Italianíssimo: “te voglio chiavare”! Desculpou-se, que não podia ficar muito tempo comigo, que eu fosse dar uma volta por Génova para conhecer um pouco essa bela cidade italiana, que depois estivesse ali à entrada do hotel por volta do meio-dia, que viria buscar-me para almoçarmos juntos. Passou as polpas dos seus dedos pelas suas espessas sobrancelhas, depois acariciou aquela sua boca muito vermelha e carnuda, olhando-me já com manifesto desejo de “chiavare” e, levantando-se, pedindo-me para estar no hotel, para me vir buscar ao meio-dia, e afastou-se, saindo pela porta que dava para a Piazza. O seu andar, a sua estatura, tudo nele era um convite a irmos para a cama, nem que fosse em jejum! Antes de sair, voltou-se, enfiou os seus longos dedos nos seus belos caracóis de azeviche, e atirou:
- Ciao! Ci vediamo presto!
Acenei-lhe um um modesto adeus, mas com os olhos certamente que lhe disse: Despacha-te! Quero-te nos meus braços!
Saí, fui dar os bons-dias ao Cristóvão Colombo, e depois calcorreei Génova a fazer horas até ao meio-dia. Eu olhava as ruas, os prédios, as montras, tudo parecia dizer-me: Felizardo! Encontraste enfim o homem que te vai valer toda a tua viagem pela Itália!
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