dimanche 18 octobre 2009
Dantesco Romeu & Romeu
Chegado a Verona, apanhei um táxi que me conduziu à morada que me tinha sido dada na véspera pelo Mauricio. Foi uma viagem curta, pois que não era nada longe da Estação Ferroviária. A reservação tinha sido feita, e tinha um pequeno quarto no terceiro andar à minha espera. Era, uma vez mais, um hotel e um quarto pequeno e modesto. Esse quarto tinha apenas uma cama muito campesina, uma mesa de cabeceira com um belo penico estilo antiguídade, a fazer de decoração durante o dia, e certamente a ter outros usos durante a noite, pois que não havia retrete, nem no quarto, nem no vão de escada desse terceiro andar. O que imediatamente me chamou a atenção, foi a minúscula janela que tinha sido deixada aberta para arejar o quarto. Debrucei-me nela para ver a paisagem. Dava sobre velhos telhados e, à esquerda, rasgando a fachada duma bucólica casa, uma varanda impregnada de História, que exerceu sobre mim um estranho fascínio! Pousei a minha sacola e desci para telefonar ao Mauricio. Lá em baixo, a recepção era tão rudimentar que até receei não haver telefone! Mesmo assim, com os meus frescos conhecimentos da língua de Dante, perguntei se podia telefonar. O recepcionista, que mais parecia uma daquelas personagens da Divina Comédia, pediu-me o número. Mal se ouviu uma voz do outro lado dizendo “pronto!”, ele estendeu-me o seu telefone que parecia ser dos tempos de Dante! Quando peguei no telefone perguntam-me “che si desidera parlare con”? Respndi que queria falar com Mauricio Valentini! A voz de alem túmulo diz-me “un momento”, e segundos depois obtive a voz de Mauricio, que não percebia se me soava vinda do Inferno, do Purgatório, ou do Paraiso! Fosse donde fosse, era uma voz amedrontada e exitante. Quando lhe disse que era o Robi, a sua voz continuou impassível e, muito gelidamente, recita-me:
- “Molto bene! Io vengo! Sarò li in un minuto!”
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