mercredi 21 octobre 2009
A Praça de São Marcos, a Divina!
Ao meio da tarde, depois de ter embebedado os olhos com tanta beleza, decidi ir comer alguma coisa à Praça de São Marcos. Ao chegar lá, uma vez mais, a minha sensibilidade foi fustigada por uma chapada de “belo”! De indiscritível e inesquecível beleza arquitectónica! O Palácio dos Doges! A Basílica de São Marcos! Aquela vasta “piazza” esmaga-nos com todo aquele passado histórico, o qual gostaríamos de ter vivido! Todos os montros que se fazem por esse mundo fora nos tempos que correm, são um degradante insulto a toda essa beleza do Passado! Na Praça de São São Marcos não se respira ar, respira-se Arte! Sentado naquela esplanada dessa romântica Praça que transpira poesia, enquanto chupava o meu “Spaghetti-Bolognese”, fui bombardeado por pombos, assim como pelos seus rejeites! Pensei no Mauricio e no seu desejo de ali comigo estar para esse envolvente poente veneziano, disfrutado ali dessa magnificente praça pública que nos abraça e nos estrafega com o peso de séculos de história, ao ponto de, por vezes, sentirmo-nos transportados a épocas há muito já volvidas! Enquanto sorvia o meu spaghetti e observava a fauna que se movia nessa praça como ondas dum mar revolto, atirando de vez em quando algumas migalhas do meu “panini” aos esfaimados pombos que me tinham tomado por um padeiro ao domicílio, analisava o comportamento desses turistas vindos de todos os países. A maioria eram americanos já trajando as suas folclóricas indumentárias! Todos de ridículos chapéuzinhos, máquinas fotográficas à tiracolo, charuto entalado nas beiçolas, a atirarem aos quatro ventos os milhares de dóllars que possuem, fazendo deles uma espécie de empertigados senhores de inabalável arrogância! As senhoras todas de brincos até às clavículas e as mãos donde pendiam todas as compras que tinham feito para prendarem e deslumbrarem todos os seus amigos e familiares. Haviam, claro, turistas de muitos outros paises que se comportavam como gente, mas não ainda esta agressão de turistas japoneses a passearem o seu exotismo e a dispararem os seus minúsculos aparelhos digitais, a fotografarem tudo o que lhes passa pela frente! Infelizmente eu não tinha Kodak nenhuma para fotografar os meus correspondentes e sítios maravilhosos que me mostraram mas, nesses tempos, só quem tinha máquina fotográfica eram os americanos. Eu tinha apenas aqueles fotógrafos ambulantes que andavam pelos passeios de Veneza, com o seu aparelho a cavalo no seu tripé. Hoje lamento não ter usado os seus serviços para me fazerem uma foto na Praça de São Marcos, para agora vos poder mostrar!
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