lundi 5 octobre 2009

O Bar da Gruta










Como no jardim do hotel havia lá uma gruta, dentro da qual haviam vestígios de um dia ter sido um Bar, pedimos ao Moshé autorização para explorarmos esse buraco, todas as noites das dez da noite até duas da manhã. Demos-lhe o nome de “A Gruta”, e pusemos um grande cartaz feito por mim e Momo, à entrada do hotel, para que pudesse ser visto por todos os passantes. Não tardou a que tivéssemos clientes do hotel, alguns passantes e, sobretudo, hóspedes do Rakefet. Essas noitadas foram realmente algo que nos marcaria. Não haviam cadeiras nem mesas. Os clientes sentavam-se no chão de terra batida, tomavam os seus “drinks”, dançavam um bocadinho com os discos e gira-discos que o Moshé nos tinha emprestado.
Era tão óbvio que os whiskies eram muito mais afrodisíacos que o chá de hortelã! Por vezes haviam quase orgias entre os clientes. Muito frequentemente víamos casais sair até ao jardim e voltarem uns minutos depois, ajustando as braguilhas. As mulheres regressavam com um ar um nadinha embaraçadas, os homens com um arzinho triunfante! Também algumas vezes demos com casais de dois homens que iam dar uma volta e, ao contrário das mulheres, ambos voltavam com um ar triunfal. Tive muitos convites para uma largada, mas o trabalho era tanto, que nem para pensar nisso tinha tempo!

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