samedi 24 octobre 2009

La Vie en Rose














Já me encontrava no hall do hotel à espera do Robin, quando ele chegou. Ele limitou-se a acenar-me entre portas, convidando-me a segui-lo! Levantei-me e segui-o até ao carro, onde o Alex, sentado ao lado do volante, nos esperava. Robin sentou-se ao volante e pôs o motor em marcha. Alex, como sempre, parecia um sorumbático sem nada que dizer! Robin arrancou e começou os seus comentários acerca dos sítios por onde íamos passando. Olhando sempre em frente, Alex continuava mudo como um monge deitado na sua cela, fazendo mentalmente as suas orações ou as suas blasfémias. Resolvi então ignorar totalmente o Alex e dedicar toda a minha atenção ao Robin, que era esse que eu tinha vindo visitar, não o seu consorte! Com sorte, sim! Pois foi ele que tinha ocupado o meu lugar na vida do Robin que, antes de ter deixado Israel me tinha proposto vivermos e trabalhar juntos. A viagem decorreu alegremente, a despeito da pronunciada ausência do Alex. Visitámos pequenas povoações e grandes cidades como Lausana. Parámos frequentemente para aliviar a bexiga ou para matarmos o bicho e, sobretudo, ver a Suiça desfilar ante os meus olhos para além da minha janela, sentado atrás, nesse carro que Robin conduzia com grande destreza e contentamento.

De regresso a Genève, já ao anoitecer, depois dum aperitivo em casa do Robin, voltámos a sair. Fomos jantar a um belo restaurante à beira do lago e, depois, levaram-me a um clube chamado “La Vie en Rose”, que era, indubitavelmente, um clube “gay”! Aí confraternizámos com muita gente interessante, tomaram-se uns whiskies, e alguns dançaram. Era evidente que Robin desejou ter-me nos seus braços para um “slow”, mas nunca ousou, questão da presença do Alex! Depois levaram-me até ao hotel. Eles não desceram do carro. Através da janela do Robin, a sua bela cabeça loira como que decapitada pelo vidro dessa janela semi-aberta, Robin despediu-se de mim. Que, no dia seguinte, tomaria um avião para Manhattan, numa viagem de negócios a ver com o Banco Mundial. Desejou-me boa viagem até Lisboa e que depois, um dia, nos voltaríamos a ver! Claro que nessa noite, ambos teríamos preferido ter passado a noite juntos, mas a presença do possessivo Alex deitou tudo por água abaixo! Depois dum breve beijo na boca separámo-nos. O Alex limitou-se a desejar-me boa noite!

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