jeudi 15 octobre 2009
O Nosso Primeiro Passeio de Carro
Ao meio-dia lá estava à porta do hotel para ver chegar o meu Tino! A pé? A cavalo? De bicicleta? De patins? Eu sabia lá! De repente oiço um carro buzinar e, para meu espanto, na minha frente, um pequeno descapotável de dois lugares, com um belo Tino ao volante! Entrei, sentei-me a seu lado, e imadiatamente senti o seu perfume. Era evidente que ele tinha ido a casa tirar o seu fato e vestir uns “jeans” e uma camisa muito desportiva aberta até ao umbigo, a mostrar os seus salientes peitorais cobertos de espessos negros cabelos, ligeiramente encaracolados. Ele arranca , dizendo-me que me ia mostrar rapidamente Génova, de carro, que tinha tirado a tarde para estar comigo, e que iríamos almoçar a Portofino. Nunca tinha ouvido falar de Portofino! Assim eu iria acrescentar mais uma cidade italiana à minha lista!
O pouco que ele me mostrou de Génova já eu tinha visto quando do meu passeio a pé. Ele acende um cigarro e oferece-me também um, metendo-o entre os meus lábios. Abrandou para acender o seu cigarro, e depois passou-me o isqueiro. A primeira fumaça, engulindo fortemente o fumo, fez-me tossir violentamente e quase vomitar! Era um cigarro “curto e grosso”, sem filtro, recheado dum tabaco quase preto. Pedi-lhe desculpa e atirei o cigarro fora e acendi um dos meus Marlboro, passe a publicidade gratuíta! Ele, por sua vez, pediu-me desculpa, que a partir de agora ele passaria também a fumar essa mesma marca, que era muito mais elegante! O carro entrou numa estreita estrada engalanada com velhas árvores de ambos os lados, e ele começou a relatar-me a história dessa velha estrada que ele fazia muito frequentemente. Com uma grande gargalhada, disse-me que ia muita vez a Portofino para engatar um gajo para "chiavare"! Gostei dessa sua atitude muito assumida e disse aos meus botões: Hoje não precisas de ir tão longe, tens aqui um mesmo a teu lado! Ele ligou o seu rádio para alagar de música napolitana aquelas belas paisagens que nos levariam a Portofino, do qual nunca tinha ouvido falar! Ele falava ininterruptamente mas sem nada me contar da sua vida ou da sua pessoa, além de gostar de ir a Portofino engatar um gajo de vez em quando, e que não podia convidar-me a sua casa, que os seus pais eram muito católicos e retrógadas. Eu não fazia a mínima idéia quais as suas origens, nem tão-pouco quais eram os seus estudos ou qual a sua profissão! Mas duma coisa estava certo: era endinheirado e não se ralava com despesas.!
Abruptamente ele ordena-me:
- Look down! That’s Portofino!
Olhei e fiquei deslumbrado! Como podia eu nunca ter ouvido falar daquele pequeno paraiso entalado entre a terra e o mar, lá em baixo à nossa espera?
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