jeudi 17 décembre 2009

A Praia e a Promenade ali à porta



A Praia Frishman e a Promenade (a Taiélet), começaram a ser os nossos pontos de encontro para as nossas poucas vergonhas! Mas valeu a pena! Tudo vale a pena quando a “coisa” não é pequena! Depois das farras íamos almoçar ou jantar naquele Café ali na Yarkon, a dois passos da minha casa! Foi realmente uma luta para gozarmos a vida o mais que se podia antes que fosse tarde demais! Com o Augusto não se podia ter uma conversa mais intelectual. Ele era sexo dos pés à cabeça, e eu a cabeça aos pés! Só, de vez em quando, íamos a um cinema ou teatro. Algumas vezes também a um Night Club perto do Hilton, onde tocava um pianista que tinha sido a grande vedeta do Laromme. Todas as noites que eu trabalhava até às onze, depois dava lá um salto, pois que acompanhava o pianista batucando sobre o piano e os clientes apreciavam o nosso Duo!

Uma noite, ao acabar o meu turno às onze da noite, como estava com um pouco de fome, os recepcionistas da noite pediram-me para eu ir dar uma volta, que voltasse daí a meia-hora, que depois eu poderia comer com eles quando os seus jantares subissem da cozinha. Agradeci a oferta e fui dar uma volta pelo Haatzmaut e sentei-me nun banco. Era noite cerrada e não havia viva alma! De repente sou abordado por três árabes que me disseram pura e simplesmente: Queremos foder! Como eu não estava muito pelos ajustes, respondi-lhes que fodessem uns com os outros! A pior coisa a ser dita a um árabe! Eles agarraram-me e ameaçaram-me que me iam fazer em fanicos. Aterrado, disse-lhes que se eles me fizessem em fanicos, depois não tinham com quem foder! Eles acharam graça à minha saída e desataram numa gargalhada. Aproveitei a deixa para, muito lentamente, me afastar na direcção do Hilton. Eles lá ficaram na sua risota e eu safei-me de brutalidades! Nunca pensei que a ameaça de ser violado pudesse causar tal pânico! A única vez que tal amostra dessa intromissão me aconteceu, era eu um puto, e nem sequer me apercebi do que realmente se estava a passar. Tinha sido apenas uma pequena descoberta do que era ser penetrado por um corpo estranho, coisa que, se bem me lembro, me foi bastante agradável. Mas naquela noite foi uma forte sensação de terror, como se eu tivesse acordado ao meio da noite e desse com um fantasma na minha frente! Chegado ao hotel contei o que me tinha acontecido e o Responsável da Segurança - que estava armado - pediu-me para o acompanhar ao parque e lhe apontasse os assaltantes! Que ele lhes daria uma boa lição. Recusei! Eu já tinha tido a minha lição e isso me bastou!

Aconteceu-me uma vez ter encontrado um apetitoso soldado na rua, tê-lo trazido a casa, e o ter feito feliz. Ele contou-me que estava a fazer a sua tropa em Eilat e que vinha à boleia sempre que podia até Tel Aviv em busca de sexo, pois que entre eles, soldados, na caserna, ninguém ousava propor tal afronta. Como a minha porta nunca era fechada à chave, algumas vezes ele me acordou ao meio da noite com os ruídos dum chuveiro mas não liguei. Meio entorpecido voltei a mergulhar no sono mas apenas muito ligeiramente. Momentos depois tinha ali aquele jovem corpo do meu soldado de Eilat, muito perfumado com o meu próprio saboneta, a galgar-me e satisfazer as suas imperiosas necessidades. Outras vezes era o meu vizinho do lado, que era casado, e ao aperceber-se qua a minha porta estava sempre no trinco, me acordava de vez em quando para que eu lhe desse o que a sua mulher nunca lhe poderia dar: Uma boa foda!

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