lundi 14 décembre 2009
My Darling Hilton! Here I come!!!
Nessa manhã, em Ramat Aviv, nesse pequeno Aeroporto da Arkia, lá estava o Miki, sem a sua lambreta, mas com o seu novo carro, à minha espera! Pernoitei duas noites em Casa dele, in Herzelia, até eu ter encontrado aquele acolhedor estúdio no N° 1, Frishman Street - a dois passos do Hilton - com uma pequena varanda virada para o mar.
Quando o Miki me apresentou ao chefe do pessoal do hotel, comecei logo no dia seguinte a trabalhar naquela bela recepção onde em poucos dias mereci a amizade de todos aqueles que lá trabalhavam. O chefe da recepção era um rapaz que tinha sido meu condiscípulo na Tadmor Hotel Traing School. Nessa recepção eu iria viver dois dos mais belos anos da minha vida! O hotel era enorme e frequentado por todos esses gordos nomes vindos de todos os contrafundos do mundo! Desde grandes actores, músicos, escritores, e grandes industriais americanos, a pobres diabos como eu!
No vasto hall havia um grande Bar onde o Mike Brant tinha começado a sua carreira. Não sei exactamente que tinha eu de tão especial que imediatamente fui adoptado por todo o pessoal do hotel. Presumo porque eu era muito afectivo e tinha um senso de humor e alegria de viver muito contagiosos! Eu investia-me no meu trabalho profissionalmente, e nos meus colegas sentimentalmente. Andava sempre a apalpar os traseiros dos meus colegas, e os seios das minhas colegas.
Depois de bem rodado, a forma como eu recebia um hóspedo “como se ele tivesse sido um grande amigo meu que não vira há muitos anos”, fez de mim o recepcionista mais popular e preferido da clientela. Eu sabia resolver quase todos os problemas internos do hotel, envolvendo difíceis situações. Como quando, uma vez, um casal de franceses que chegaram e nós não tínhamos quarto para respeitar a sua reserva feita há meses, disse-lhes - num perfeito Francês - que eles só teriam um quarto no hotel na manhã seguinte, depois de alguns outros hóspedes terem deixado o hotel para regressarem aos seus paises de origem. Disse-lhes que os punha - só uma noite - num dos pequenos quartos que tínhamos à volta da piscina, que alugávamos como cabines para os hóspedes mudarem de roupa, que não havia vestiário comum. Disse-lhes que eu já lá tinha dormido algumas noites e que era um prazer, manhã cedo, ser acoradado pelo riso das crianças a saltarem para a picina, ouvir o barulho do mar e das gaivotas, que a primeira coisa que eu fazia ao sair do meu quarto era dar um belo mergulho na piscina ali mesmo à minha porta, a melhor maneira de começar mais um outro dia feliz da minha vida!
Eles concordaram. Acompanhei-os a esse quarto com as suas malas e, ao despedir-me, relembrei-os de que seria apenas por uma noite. No outro dia à tarde, eles vêm ter comigo a recepção a dizerem-me que, "veja bem, então não nos queriam por lá em cima num quarto qualquer sem o riso das crianças como despertador, e a piscina ali à espera para o primeiro mergulho do dia? Não devem estar bons da cabeça! Estamos ali tão bem instalados!" Foi assim que, meia dúzia de meses depois eu recebia o diploma do melhor recepcionista do ano de 1976! O que veio, então, a causar-me um certo azedume dum recepcionista que trabalhava lá já há dez anos, e nunca tinha sido compensado por tal honra, e que eu, meia-dúzia de meses depois de eu ter começado, tinha sido contemplado por essa, para ele, honraria!
Uma vez mais - como no Standard do Claridge - o mal estar se instalava! Mas desta vez apenas com um elemento, e por pouco tempo. Ele acabou por concordar - como le me viria a dizer - que não chegava aos meus calcanhares na minha eficiência e popularidade!
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