mercredi 27 janvier 2010
Ameaças Rondaram à Porta
O grande problema começou com a grande depressão que se instalou no mais profundo do meu ser. Psicologicamente eu ficara traumatizado até à ponta dos cabelos e das unhas dos dedos das mãos e dos pés! Eu tinha problemas para adormecer, dormia mal, tinha pesadelos de fazer acordar toda a vizinhança, e perdera o apetite. Sobretudo o de viver! Quando ia para a cama pedia a Deus que eu adormecesse depressa e nunca mais acordasse! Ao acordar pedia a Deus que a noite descesse rapidamente para eu voltar aos meus horríveis pesadelos de todas as noites! Arrastava-me da cama e metia-me num banho quente para ainda encontrar algo que ainda me dava algum prazer. Uma dessas manhãs, enquanto totalmente submerso no meu banho, ao abrir os olhos, deparou-se-me uma lâmina de barbear sobre a borda do lavatório, que parecia sorrir-me perniciosamente, como sugerindo-me um descer de pano:
- Pega-me! Quero-me perto das tuas veias! Preciso do teu sangue!
Num arrebate, seduzido por aquela diabólica alternativa, aquela sede de sangue, agarrei nessa lâmina e, dum golpe decisivo, cortei o pulso esquerdo! Mas ao ver o meu sangue começar a tingir a limpidez daquelas tépidas águas, ocorreu-me a dramática e penalizante surpresa que causaria ao Pat! Na minha gata que tanto ainda precisava do meu carinho e apoio para que o seu fim de vida fosse o menos penível possível! Dei um grito e saltei do banho! Enxuguei o meu pulso e cobri esse sangrento golpe com um pequeno penso adesivo, e jurei a mim mesmo ser forte, e não deixar que a Alfa - a quem eu dera a vida - não me roubasse agora a minha!
Quando o Pat voltou e viu aquele penso perguntou-me o que se tinha passado. Menti-lhe, dizendo que me tinha cortado acidentalmente com uma faca, ao preparar o jantar. Ainda hoje o Pat não sabe desse meu acto de desespero desse meu já tão longínquo dia!
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