mercredi 11 novembre 2009

Wedding in the Moonlight









Outra recordação inesquecível para mim foi aquele dia em que, secretamente, comprei duas alianças de prata. Nessa mesma noite, depois do jantar, apanhámos o Tube e subimos duas estações. Saímos em Hampstead Heath. Conduzi o Pat - para seu grande espanto - ao Park Hampstead Heath. Tínhamos, como uma benção dos céus, uma bela noite de luar sem morrinha. Pat mostrava-se muito intrigado com o meu enigmático comportamento. Àquelas horas não havia viva-alma! Éramos só nós dois e aquela tépida noite de luar. Peguei-lhe na mão e, docemente, encaminhei-o na direcção duma árvore secular e encostei-o ao seu grosso e sólido tronco. Tirei as alianças do bolso e, mentalmente falando com o ignoto, perguntei a Deus se ele nos aceitava no seu Reino, como dois homens que se amavam? Olhei o céu e vi uma estrela brilhar mais intensamente do que todas as outras. Enfiei uma das alianças no anelar do Pat e a outra no meu próprio anelar e dei-lhe um longo beijo. Assim - quanto a mim - tinhamo-nos casado perante Deus!

Só muitos anos mais tarde Pat viria a saber deste nosso simbólico casamento. Quarenta e quatro anos depois, Pat ainda porta essa aliança. A minha, perdi-a pelo caminho ao longo da minha aciganada vida. Mas ainda a sinto no meu dedo como se ela ainda lá estivesse!

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