samedi 14 novembre 2009
Frank Finley on the Cross
Uma das grandes inesquecíveis recordações desses tempos foram as nossas idas à Round House para assistir a espectáculos absolutamente únicos! Um deles foi uma peça com Frank Finley onde se contava a vida de Jesus Cristo. A peça foi realmente um espanto! Ná só a encenação e o trabalho dos actores, como, muito especialmente, os efeitos especiais criados sobre esse imenso palco! Não só a vida de Cristo foi contada duma maneira espledorosa com luzes, sons, música, e a interacção entre os actores e os espectadores sentados nas suas cadeiras, como aquela sensação de participar directamento ao que se passava sobre aquele palco transformado em grandioso calvário! O fim da peça foi a crucificação feite duma forma tão real, que cheguei mesmo a pensar que o actor tinha sido realmente pregado nessa cruz. Quando as luzes da sala se reacenderam, informando o público que a peça tinha terminado, todos se levantaram para regressarem às suas casas, menos eu. O Pat puxou-me pela manga mas eu não podia arredar pé! Eu queria ver, não sei se Jesus se Frank Finley, se ambos, serem despregados dessa vergonhosa cruz! O problema foi que a peça, segundo a encenação, acabava precisamente dessa maneira! Se a idéia tinha sido impressionar o público, o resultado, pela parte que me toca, foi garantido! Se ao menos tivesse havido uma cortina a ser puxada, mas essa cortina não existia nesse imenso teatro e nesse gigantesco palco.
Ao deixar a sala ainda me voltei uma vez mais na esperança de que o actor tivesse sido enfim removido dessa cruz, mas o actor continuava como morto sobre a sua muda cruz! Não só Frank Finley era um grande actor e tinha realmente morrido na cruz, ou eu era um pobre imbecil que foi para casa e nessa noite teve pesadelos horrorosos de complexos de culpabilidade! Nessa noite nem sequer consegui crucifar o Pat que me esperava na cama, de braços bem abertos e esticados na minha direcção, pedindo-me:
- Por piedade! Cricifica-me a mim também! Quero sentir o teu dardo, o teu fel!
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