Entretanto, Mr. Kogan, o nosso senhorio, o simpático proprietário de quase todos os prédios da Ainger Road, costumava vir todos os meses bater-nos à porta para receber as rendas. Nós pagávamos 5 Guineas por semana, mas ele vinha apenas uma vez por mês estender-nos as suas mãos. Uma para nos cumprimentar, a outra para recolher as vinte notas, que correspondiam a quatro semanas a cinco guineas. Uma dessas vezes aproveitei para lhe perguntar se ele não teria, por acaso um pequeno apartamento que pudéssemos alugar, pois que no estúdio não havia muito espaço. Ele ofereceu-me um sorriso radioso e clamou que tinha, ali mesmo ao lado, no N°1, a fazer esquina com a Erskine Road, um pequeno apartamento mobilado disponível, mas que nos custaria oito guineas por semana! Démos lá um salto para o visitar e esse apartamento agradou-nos menso a ambos. Nesses tempos ainda não se assinavam contratos, era apenas de homem a homem, homens de palavra!
Mudámo-nos no dia seguinte! Foi fácil! Bastou emalar as nossas roupas mais alguns tarecos, descer do primeiro andar do N°3 e entrar no primeiro andar do N°1, a porta mesmo ao lado! Rapidamente organizámos as nossas coisas. Tínhamos um pequeno hall de entrada, uma pequena cozinha toda apetrechada, com janela para as traseiras, uma pequena sala com janela para a rua, e um belo quarto também com janela para a rua e, sobretudo, santo Deus! Uma bela casa de banho com banheira e chuveiro, assim como um belo trono, como eu chamo às pias! Ficámos ambos felicíssimos! Agora tínhamos realmente um lar!
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