mercredi 18 novembre 2009

Esse Famoso Curto Domingo









Mal regressados a casa, a primeira coisa que fizemos foi abrir as malas e por tudo no cesto da roupa suja, excluindo o belo cinzeiro que tinha roubado no hotel para o Peter. A segunda foi dar um salto à agência onde o Peter trabalhava para lhe entregar a lembrança de Torremolinos. Não percebi muito bem se a sua grande alegria foi de acariciar esse cinzeiro ou o prazer de me ver de volta e talvez poder acariciar-me também, pois que quando lhe estendi a mão para o cumprimentar, ele reteve-a longamente bem aconchegada na sua! Agradecemos de nos ter enviado a Torremolinos, onde realmente tínhamos passado umas boas duas semanas de férias. Ele agradeceu o cinzeiro mas que ele não fumava. Perguntei-lhe se bebia, que o podia convidar para um copo. Também não bebia. Desesperado, disse-lhe:

- Goog God! You do not smoke, you do not drink! Hope you do...

Ele cortou-me a palavra para me dizer simplesmente:

- That? We never know!

Convidei-o a vir almoçar connosco em nossa casa, que lhe faria um petisco português à base de bacalhau. Ele mostrou-se muito entusiasmado, que já tinha ouvido falar desse peixe, mas que nunca tinha provado. Dei-lhe o nosso número de telefone e sugeri que ele nos telefonasse a dar-nos uma data que lhe conviesse. Ele saltou sobre a ocasião e propôs-me “next Sunday”! E assim ficou combinado. Nesse domingo preparei um bacalhau à Gomes de Sá. Prato que o Pat também muito apreciava. Dei-lhe igualmente a nossa morada em Chalk Farm, que seria um “grande prazer” recebê-lo! Ao saír voltei-me para trás e pisquei-lhe o olho, ao qual ele correspondeu com um grande sorriso e um discreto aceno de mão.

Foi também com muito gosto que voltei ao Foyles e reencontrei todos os meus amados colegas e o meu P.B.X. que parecia sorrir-me. Acariciei-o e disse-lhe “nice to see you again”! Todos os meus colegas queriam tudo saber acerca de Torremolinos e como tudo se tinha passado. Até o Christopher me chamou ao seu escritório para me dizer “nice to see you back” e pedir-me para eu dar umas pequenas lições de Francês à Suzanne, que ela tinha sentido muito a minha falta.

Em casa, depois do Pat ter lavado a roupa suja ainda a cheirar a Torremolinos e a tê-la engomado, tudo entrou nas normas, sem esquecer as minhas compras, os meus cozinhados, e o nosso “babysiting” ao Papuzinho. Mrs. Murray convidou-nos uma vez mais para jantar, afim de saber como tinham sido as nossas férias. Mr. Murray sorria-me a lembrar-me que os seus dentes nesse dia, para variar, tinham saído do seu copo e vindo dar uma volta. Voltámos às nossas passeatas no Primrose Hill Park e os nossos “fish and chips” e, como quem não quer a “coisa”, dei um saltinho ao Dr. Tom para por as contas em dia.

No sábado fiz as minhas compras para por o bacalhau no molho para o bacalhau à Gomes de Sá para o meu tão desejado Peter. Pat fez limpeza geral, como sempre fazia quando tínhamos visitas. No domingo de manhã levantei-me cedo, barbei-me e tomei um longo banho, para me fazer bonito para o meu doce Peter. Na cozinha preparei os condimentos para o meu bacalhau e pus a mesa para três. Depois sentei-me na sala, impaciente para que a campainha tocasse.

Por volta as dez a campainha tocou. Foi como os sinos duma igreja num domingo de manhã a chamar os fiéis aos seus serviços. A verdade é que eu tinha rezado para que o Peter não faltasse, que chegasse cedo para o almoço. Quando abri a porta pareceu-me ter visto a aparição dum anjo! Meu coração bateu desordenado e a minha carne começou a fervilhar! Enfim eu ia poder por em jogo a minha arte de seduzir aquela pequena criatura que despertara em mim desejos até então nunca pressentidos! Indiquei-lhe o caminho para a nossa pequena salinha e convidei-o a tomar lugar no diminuto sofá que, por vezes, fora o princípio de grandes eventos! Ofereci-lhe um Porto para começar. Pat, sentado na nossa frente, observava as manobras do grande descobridor em busca da sua bússola. Ofereci-lhe também outro Porto e verti outro para a minha pessoa impaciente de saber quão longe este meu programado assalto de sedução iria chegar! Uma coisa era certa tudo no meu corpo se inflamara! Urgia tê-lo nos meus braços e esfrangalhar aquela sua tão sensual boca!

Leguei o Peter ao Pat enquanto, na cozinha, eu preparava o bacalhau. Não sei o que se passou exactamente durante a minha ausência. Ambos eram um tanto introvertidos. Logo que pus o bacalhau no forno voltei a tomar o meu lugar no pequeno sofá ao lado do Peter. Pat continuava silenciado sobre o seu cadeirão perto do telefone. Fui buscar as poucas fotos que tínhamos feito em Torremolinos para mostrar ao Peter. Ele deixou-se envolver com as minhas fábulas acerca das férias e dessas fotos que pouco contavam. Apenas a minha foto dentro do meu famoso bikini o fez sorrir! Encostei-me um nadinha mais a ele e ele consentiu, encostando-se um pouco mais fortemente contra mim.

Quando o bacalhau nos enviou aqueles convidativos aromas até ao salão, levantei-me e fui tirá-lo do forno. Dei mais uns retoques na mesa, fiz uma boa salada, abri duas garrafas de vinho, pois que vinho seria essencial essa tarde para amolecer o Peter e arrebitar-me a mim. Fui buscá-los à sala e acomodei-os nos seus lugares. Servi o bacalhau e a salada. Peter provou o meu bacalhau e entusiasticamente disse que estava delicioso, que era realmente algo de muito diferente da cozinha inglesa! Depois dos queijos servi um arroz doce também muito português, com muita canela.

Depois do almoço fomos tomar café para a sala e conversámos um pouco sobre certas actualidades dessa época. Às tantas Peter pergunta-me onde era a casa de banho. Levantei-me para lhe mostrar o caminho. Era ali mesmo no pequeno hall. Quando ele saiu da casa de banho esfregando as mãos, disse-nos que tínhamos uma bela casa de banho, que onde ele vivia não havia tal luxo! Convidei-o então a visitar o resto da casa, ou seja, o nosso quarto! Ele olhou em redor dizendo “very nice”, e quando se preparava par sair do quarto, eu barrei-lho o caminho abrindo-lhe os meus braços. A sua primeira reacção foi empalidecer e os seus olhos mostraram-me o susto que lhe ia na alma e no corpo. Apertei-o docemente contra mim e beijei aquela amedrontada boca que parecia evitar a minha. Quando cuidadosamente fechei a porta do quarto ele perguntou-me:

- How about Pat?

Respondi-lhe:

- Pat is watching television!

Aí ele cai-me finalmente nos braços! As nossas bocas uniram-se num muito longo e profundo beijo. Minhas mãos exploraram desvairadamente aquele pequeno corpo ali todo entregue à minha mercê! Caímos em cima da cama. Os nossos corpos despojaram-se rapidamente das suas roupas e das suas inibições! A entrega foi total! Quando o montei as suas pernas abriram-se generosamente à espera da devastadora penetração que pairava no ar! Gentilmente introduzi-me no seu corpo claramente ansioso de se fazer trespassar pelo meu! A penetração foi difícil pois que ele estava bastante contraído. Pouco a pouco fui-lhe invadindo aquela muito íntima parte do seu jovem corpo. A cada pressão ele gemia sufocadamente mas, depois do caminho bem aberto, gemia dum prazer evidente. Longamente os nossos corpos se deram um ao outro numa comunhão absoluta. Depois de ter descido de cima daquele belo jovem corpo que acabava, enfim, de possuir, ele pousou a sua bela cabeça sobre o meu peito e segredou-me:

- I want you to know that it was my first time!

- So was mine! –

- Liar!

- I am not a liar! It was also my first time too! With you!

- Liar! You already have fucked me many times before with your eyes!

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