vendredi 6 novembre 2009

Ò Minha Mãe dos Trabalhos!









Certamente que os mais maravilhosos momentos passados nesse meu regresso a casa, foram os braços de minha mãe! Que bom estar de novo à sua beira, contando-lhe todas as minhas aventuras, enquanto ela avançava nas suas rendinhas. Ela contou-me o que tinha sido a sua vida durante esses seis anos. Que tinha andado de casa em casa, de mão em mão, três meses aos cuidados de cada um dos seus filhos. Que saudades ela tinha da sua casinha, por muito modesta que fosse! Contámos um ao outro todas as nossas preocupações e planos de futuro. Eu que seguiria para Londres em busca de novas aventuras, ela que tanto gostaria de me acompanhar se fosse mais nova! Que eu era o seu Cúcio, aquele, o último a sair do seu ventre, aquele que chegaria mais longe na vida! Eu que, o mais longe que cheguei, foi aqui, neste momento, a cavalo no meu computador, a escrever as minhas memórias!

Eu que tanto gostaria de ir mais longe ainda! Eu que tanto gostaria de deixar uma marca forte e profunda da minha efémera passagem por este planeta!

“Ai minha mãe dos trabalhos! Para quem trabalho eu? Trabalho mato o meu corpo, e não vejo nada de meu!”

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