samedi 29 août 2009

O Olympia













A minha vida em Lisboa começou a tornar-se numa espécie de naufrágio ao qual eu queria sobreviver! Olhava em redor em busca duma bóia, uma tábua onde me pudesse agarrar! No Gavião o ambiente deteriorava-se dia após dia! A Dona Alice ignorava-me, como se eu fosse uma potencial ameaça ao equilíbrio da sua casa de gente séria, estabelecida, organizada, e com os pés na terra. Todas as manhãs, depois da minha carcaça, lá ia eu à caça de não sabia muito bem o quê! Mas sair era já quase um conforto! A minha conta na Caixa Geral começava a afundar-se a olhos vistos. Mal tinha dinheiro para comprar os meus jornais matinais para aquela diária busca dum quase milagre. Eu rebuscava ansiosamente todos os anúncios, mas todos esses anúncios nunca estavam ao meu alcance. Não tinha os estudos necessários. Normalmente ia até ao Palladium tomar um café e mergulhar nos jornais como um arqueólogo mergulha nas suas escavações em busca de milenárias civilizações. Cheguei a pensar que a solução seria ir até às margens do Tejo, atirar-me de cabeça, e ser atropelado por um barco a caminho de Cacilhas!

Uma manhã, tão desesperado me senti, que fui até ao Odeon falar com o porteiro, o único que me tinha desejado coragem e boa sorte quando dele me despedi. Esqueceu-me o seu nome. Ele era um homem muito metido consigo, sempre com os olhos abertos para ver o que se passava à sua volta. Os seus olhos imanavam uma doçura e um sincero interesse pelos outros que o rodeavam. Ao ver-me ele acenou-me, convidando-me a dele me aproximar. Acedi com um sorriso certamente bastante desanimado, e imediatamente ele compreendeu que eu andava à deriva, em busca dum apoio. Estendeu-me a mão e perguntou-me como iam as coisas, se tinha já encontrado outro emprego. Angustiadamente lhe confessei que andava à tona em Lisboa como numa selva virgem em busca dum abrigo. Expliquei-lhe as minhas dificuldades no Gavião e dificuldades de encontrar outro emprego. Ele dirige os seus olhos ao teto (ou seria o céu?) como que à procura dum emprego para mim. Por fim, os seus olhos desceram e aterraram sobre os meus. Desanimadamente, ele admite que não sabia de nada, excepto no Olympia, ali mesmo em frente, que o porteiro dessa sala - que era seu amigo - ia passar um mês à terra dele lá para os lados do Porto, e que a direcção desse cinema procurava alguém que o substituísse. Que esse trabalho para mim seria apenas temporário e não uma solução definitiva, mas que, enquanto o pau vai e vem folgam as costas! Sugeriu-me que desse lá um salto e pedisse à bilheteira para falar com o responsável. Foi o que fiz!

Atravessei a Rua dos Condes e entrei no átrio do Olympia, dirigi-me à bilheteira e pedi para falar com o patrão acerca do trabalho por um mês para substituir um porteiro. Como o filme já ia a meio, já não havia bichas. As “bichas” já tinham todas entrado!. Ela pede um momento e afasta-se. Passados dois minutos volta acompanhada dum senhor um tanto impertinente, porque o tinham interrompido, não sei em que “função”. Ele olha-me de “alto abaixo” e pede-me para entrar. Entrei, passei talvez pelo porteiro que eu iria eventualmente substituir, e acompanhei essa embirrenta criatura que me arrastou a um canto do vestíbulo. A primeira coisa que ele me participa é que era um trabalho só por um mês. Tranquilizei-o, dizendo-lhe que estava ao corrente. Ele achou-me demasiado jovem e frágil para esse posto mas, mesmo assim, aceitou os meus serviços, visto que era apenas por um mês, para desenrascar, pois que o porteiro partiria dentro de dias. As condições propostas foram 800 escudos, sem dias de folga, que tinha que estar a postos entre as duas da tarde e a meia-noite e, sobretudo, nada de muitas confianças nem afabilidades com os espectadores. Que eu estaria ali apenas para cortar os bilhetes, e era tudo! Que em vez de olhar para os fregueses, que olhasse muito mais para os bilhetes, para ver se eles estavam em ordem e, sobretudo, nada pechinchas para os meus amigos pessoais, que o seu gerente estava ali sempre à coca do que se passava! Concordei com as condições expostas e pedi-lhe para ficar descansado quanto a entradas de borla para amigos, pela simples razão que eu não tinha amigos nenhuns!

Voltei para casa um nadinha mais tranquilo. Ao menos tinha mais um mês à minha frente para procurar outro trabalho! Chegado a casa dei com a Dona Alice a cavalo na sua telefonia a escutar a “coxinha”, ou lá o que era. Nem bom dia, nem boa tarde! As desgraças da “coxinha” eram-lhe muito mais importantes do que as minhas! À hora do jantar informei todos os presentes que ia trabalhar para o Cinema Olympia, a ganhar 800 escudos. A Dona Alice deu um suspiro de alívio! Nem sonhava que tudo isto era para apenas por um mês que voaria em duas curtas semanas!

Depois do jantar meti-me no quarto com o Zé Barbeiro e o Guilherme a falar do grande problema de desemprego então (e sempre) em Portugal! Portanto esse problema não me preocupava grande coisa, o que me preocupava era o desemprego em Lisboa! O Guilherme, o belo galã dessa casa de gente séria, tinha muitas namoradas, mas como as não podia fazer subir, ele descia, nunca cheguei a saber aonde. O Zé era muito mais pacato e caseiro, e ali ficámos ambos nas nossas muito subtis e platónicas entregas. Algumas vezes me perguntou se eu não tinha uma miúda... Eu quase sempre lhe dava a mesma resposta: Miúdas há muitas, mãe há só uma! Como ele, para chatear a Dona Alice, tinha comprado um transístor, ficávamos ali sentados na sua cama a ouvir os discos pedidos ou algumas palestras, ao que se chama agora, “debates”! Uma dessas noites ele deitou a sua bela cabeça de cabelos muito pretos e encaracolados sobre uma das minhas coxas. Uma vontade louca de lhe saltar em cima e comer-lhe aquela sua carnuda boca de toureiro me acometeu, mas nunca me atrevi, pois que ali era uma casa de gente séria! Estou certo que a ele também o assaltavam idênticos desejos mas, a Dona Alice estava ali mesmo ao lado a cavalo naquela sua telefonia onde ninguém podia tocar nem com um dedo enluvado! Algumas vezes, depois do Guilherme ter descido, nós também dávamos um salto a um novo estabelecimento que tinha acabado de abrir na Avenida de Roma, onde se podia comer e beber e, melhor do que tudo, jogar ao “Bowling”! Apanhámos uma espécie de vício por esse jogo. Eu cheguei a ser quase um campeão! O Zé, nem por isso. Era muito mais, segundo ele me disse, destro nas faenas, nas aulas de tauromaquia onde ele ia todos os domingos de manhã. Nunca o acompanhei pois que sempre detestei touradas e largadas de touros em Vila Franca de Xira. A única coisa que eu gostava nas touradas que às vezes se via na televisão no Café na Avenida de Roma quando lá íamos para ver algum programa que nos interessasse, eram as colhidas! Sempre que um boi enfiava um corno na “peida” do toureiro eu gritava: olé! A Dona Alice nunca ia a Cafés. Cafés não eram para senhoras sérias! Só lá ia quando havia um pequeno filme onde eu aparecia aí uns tantos segundos. A despeito de todos os meus problemas, a RTP continuava a convocar-me de vez em quando para uma figuração naquelas curtas-metragens que eles realizavam de tempos a tempos. As filmagens eram quase sempre aos domingos, e muito frequentemente fora de portas. Já eram para mim grandes viagens! Ir do Lumiar até Loures para mim era já quase como o primeiro passo sobre a lua, coisa que nunca foi dada, senão já por lá haveriam agora muitos hotéis de cinco estrelas, para os milionários irem lá passar as suas férias!

O meu primeiro dia como porteiro do Olympia foi um pouco intimidante. Era a primeira vez que eu fazia tal serviço. Lembrei-me dos meus tempos de criança, em Mafra, quando eu entrava, duma maneira ou doutra, sem pagar. Se ali no Olympia me aparecesse um puto com olhos cheios de luar a querer entrar, estou quase certo que eu fecharia os meus. Mas não. Esse cinema parecia ser apenas frequentado por homens já adultos, muitos deles muito bem arreados, distintos homens de negócios, com aspecto de serem homens casados, que deixavam as suas mulheres e filhos, em casa, a verem televisão, e eles iam ali, como eu o já tinha feito muitas vezes, para, como eu costumava dizer, para um “alfinete”. Quando eu lá ia sentava-me sempre que podia na última fila lá atrás, para ficar mais à vontade. Eu costumava chamar a esse cinema “A Joalharia”, pois que andavam por lá muitos joalheiros a fazerem alfinetes, mas não de gravata! Quando olhava para os espectadores nas filas à minha frente, muito rapidamente haviam cabeças que desapareciam como que por milagre. As muitas outras cabeças que não desapareciam deitavam-se muito languidamente sobre as costas das cadeiras, em sufocados gemidos. Penso que a maioria iam lá para porem as suas contas em dia, pondo as suas jóias à vela, para que o vizinho do lado as areasse. Algumas vezes, cavalheiros muito bem postos e talvez respeitáveis chefes de família de altas hierarquias vinham sentar-se a meu lado com um delicado “perdão!”, quando baixavam a cadeira ao lado da minha. Minutos depois começava a invasão! Primeiro era o joelho que procurava o meu! Depois, muito de mansinho, era a suave mão com uma grossa aliança de ouro no anelar, que começava, a medo, a subir pela minha coxa acima,e quando chegava lá à gruta do Ali Bábá, era o “abre-te sésamo”! Então a cabeça do senhor muito distinto descia a pequenas doses, cautelosamente, para uns dez minuto de apneia.

Uma vez, na fila logo ali à minha frente, estava um espectador a fazer um “milk-shake” ao seu vizinho, mas ao contemplado nunca mais lhe saltava a rolha! Constantemente lhe implorava: Muda de mão! Muda de mão! Mas o pior era que o barman tinha algumas escravas num dos seus pulsos, e as escravas começavam a tilintar. Então o contemplado segredava ao barman: Cuidado com as escravas! Este martírio durou alguns minutos e a rolha por saltar. Até que um outro cavalheiro ao lado, molestado pelo tilintar das escravas, quando, da última vez que o seu vizinho pediu para mudar de mão, ele diz alto e bom som: Caga nas escravas! Muda mas é de sultão!

No Gavião o dia a dia era sempre o mesmo. A Dona Alice parecia ter cortado relações comigo. Penso que ela pensava que tinha feito um mau negócio comigo. Ela vivia para a manutenção do seu Gavião, e os “rapazes” - como ela lhes chamava - eram todos pessoas estabelecidas, com um futuro à sua frente. Eu, o que tinha, era um vai e vem como um yo-yo ou como uma bola de “ping-pong” que continuamente falhava a raquete! O que me valiam eram os “rapazes” que eram realmente meus amigos e procuravam ajudar-me no que podiam. O único que me podia ajudar na minha droga era o Zé Barbeiro. Se eu jogasse com as bolas dele estou certo que a minha raquete nunca falharia. Jogar yo-yo com elas, não muito obrigado. Gosto delas apertadinhas! O que ainda mais me valia era eu levantar-me cedo e, depois da gaita da carcaça, sair! Ir para a rua! Comprar o Diário de Notícias e o Século, e ir sentar-me no Café do Campo Pequeno e pôr uma moeda na máquina e ouvir “Love s a Many Spledored Thing”, pelo “Four-Aces”! Sonhar ainda e cada vez mais em pirar-me de Portugal! Ir em busca de outras paisagens, outras mentalidades, fugir de mim mesmo e de todos aqueles que me olhavam com desdém!

Uma bela manhã, nesse pitoresco Café ali por detrás da Praça de Touros, ao folhear o meu Diário de Notícias, espiolhando os anúncios, cuidadosamente esmiuçando-os um a um, esbarro com um que foi para mim como um relâmpago, uma estrela cadente! O título era: “Procuram-se jovens actores com talento para leitura de poesia” – Contactar Armando Marques Ferreira – Avenida António Augusto Aguiar, das 10 ao meio dia. Referências não exigidas! - Este “referências não exigidas” ainda me subjugou muito mais do que palavras como “actor” e “poesia”! Eram aí umas onze horas, e como para chegar a essa morada era só descer até ao Marquês de pombal e depois voltar à direita, pus os pés a caminho e fui por aí a baixo numa quase correria, como se eu fora Mercúrio e tivesse doiradas asas nos pés a cortarem o azulino céu de Lisboa!
Cheguei lá esfalfado, mal podendo respirar. Subi vagarosamente para recuperar o fôlego e, ao mesmo tempo, não parecer tão interessado como isso, que tinha lá ido apenas curiosidade! Entro e sou conduzido à cabine de som onde o Armando Marques Ferreira se encontrava nas suas funções na companhia duma mulher adorável que eu ouvia na telefonia e que muito admirava. Quanto ao Armando Marques Ferreira, eu considerava-o a mais bonita voz masculina de todos os tempos. Ele era um homem bonito e com um charme de fazer ressuscitar a morgue toda, duma ponta à outra! Quando o vi fiquei logo emprenhado pela sua sedução. Como era hábito, ele olha-me de alto a baixo e pergunta-me a minha idade e qual a minha experiência. Falei-lhe da RTP e Nuno Fradique. Ele sorri e mandibula para a sua companheira: Nuno Fradique? Já é bom sinal. Depois diz-me que queria dar-me uma data para eu prestar provas, que não tinha ali à mão nenhuns poemas. Quase indiferentemente - ou para assim o parecer - digo-lhe, como quem não quer a coisa, que eu escrevia poemas, que podia recitar um dos meus de cor! Ele olhou-me um tanto estupefacto e murmura: Isso é muito mau sinal. Os poetas não sabem recitar poesia. Ou poucos... Então diga-me lá o seu poema! Não é muito longo, espero! Respondi-lhe que não e recitei-lho com aquela determinação de obter o “job”, olhando-o firmemente nos seus lindíssimos olhos:

Ninguém nota
Nos meus lábios magoados
A sede de beijar!

Ninguém nota
Nos meus dedos enclavinhados
O desejo de reter!

Ninguém nota
Nos meus passos apressados
A ânsia de chegar!

Ninguém nota
Nos meus olhos apagados
O susto de viver!

Ninguém nota
Nos vincos do meu rosto descorado
O cansaço de lutar
Num campo de batalha descampado
Sem tréguas nem troféus a conquistar!

Ele olha-me fixamente e, um tanto aturdido, vira-se para essa mulher adorável que o assistia e murmura-lhe:

- Ele não tem voz e tem uma péssima dicção, mas lá poeta é! É a primeira vez que oiço um poeta dizer um dos seus poemas com tal paixão!

Depois vira-se para mim e diz-me que eu tinha de ir aprender dicção com um profissional que, a mesmo tempo, me colocasse a voz. Depois vira-se para a sua assistente e pergunta-lhe:

- Achas que a Carmen estaria disponível para lhe dar uns toques?

Ela respondeu que não fazia a mínima idéia! Olha, telefona-lhe! Ele pegou no telefone, discou, mas não havia ninguém em casa. Escreveu-me num papelinho um número de telefone, pedindo-me que telefonasse a esse número e que pedisse un “rendez-vous”. Diga à Dona Carmen que vem da parte do Armando Marques Ferreira. Ela que me telefone! Desci a correr! A minha vontade era entrar na próxima cabine e telefonar-lhe de seguida. Não sabia quem seria essa Carmen, mas certamente que ela seria a pessoa ideal para me ajudar a subir um pequeno degrau que me ajudasse a subir a um palco ou, melhor ainda, descer esse degrau que me afastasse para sempre desse degradante Olympia!

Essa tarde e o resto do dia, no Olympia, eu estava impaciente que chegasse o amanhã! Queria afastar-me a passos largos daquela pouca vergonha de cinema onde só exibiam filmes como o “Maciste”, onde os actores, todos belos atléticos corpos meio desnudos, acartavam com todos ou quase todos pseudo-heterosexuais lisboetas, afim de, discretamente, satisfazer os seus mais indizíveis fantasmas! Nesse dia eu tinha vontade de deixar entrar toda a gente de borla! Eu rasgava os bilhetes sem sequer olhar para eles, e os meus pés batiam nervosamente nas lajes do átrio, como se estivesse a dar pontapés no tempo para que ele passasse mais depressa! Ali não havia mais aquela tirada do “se precisar de mais alguma coisa, estou às suas ordens!” Agora o que me apetecia dizer era: “Despachem-se! Mexam-me esses pés! Tenho mais que fazer!

No outro dia de manhã, depois duma noite muito mal dormida, ainda acordei antes da Dona Alice. Fiz a barba com água fria e lavei a cara e penteei-me o melhor que pude. Aperaltei-me à pressa e, entretanto, a Dona Alice tinha feito o seu café de saco e ido à padaria comprar os seus papo-secos, enquanto eu me tinha feito todo janota! A Dona Alice logo percebeu que algo se passava comigo. Nessa manhã eu não tinha mesmo nada cara de suicida! Nesse belo começo de soalheiro dia lisboeta, havia uma voz chegando até mim de muito longe dizendo-me que a minha vida ia finalmente mudar! Que não perdesse mais uma vez o comboio! Que não ficasse em terra! Que me afastasse dessa gare sem nenhum futuro para mim, que era Lisboa e seus preconceitos!

No outro dia de manhã, a primeira coisa que faço depois da carcaça, foi pedir à Dona Alice que me deixasse telefonar. Ela foi buscar a chave que escondia numa caixinha no seu quarto, abriu o cadeado, e deixou-me discar o número da Dona Carmen. Desta vez a Dona Carmen estava em casa e respondeu. Perguntei-lhe se era a Dona Carmen?! Ela disse que sim, que era eu? Disse-lhe que lhe falava da parte do senhor Armando Marques Ferreira, que precisava de falar com a Dona Carmen pessoalmente, logo que ela me pudesse receber. Ela atirou-me, quase alegremente:

- Hoje estou em casa o dia todo. Como se chama você?

- Rogério do Carmo!

- Venha quando quiser!

- Posso estar aí dentro de meia hora?

- Claro! Sem qualquer problema!

- Qual é a sua morada?



A Dona Alice que, como sempre, ficava sempre ali a bisbilhotar a conversa sempre um rapaz pedia para utilizar o telefone, quando me ouviu pronunciar o nome do seu locutor preferido, ficou em pulgas! Logo que eu pedi a morada à Dona Carmen, ela foi a correr buscar um papel e uma caneta para eu tomar nota. Agradeci, pus os cinco tostões da chamada sobre o móvel e parti correndo escada abaixo, ao encontro da minha Carmen que não conhecia de parte alguma, mas que, talvez, pudesse ensinar-me a declamar e, sobretudo, a colocar a minha voz!!

2 commentaires:

  1. AQUI ANDO A CIRANDAR PELO SEU BLOG, PARA TRÁS E PARA A FRENTE PARA MAIS UMA VEZ O OUVIR. GRATA
    BEIJOS
    dv

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  2. Obrigado Dina! Tenho andado tão ocupado a desenterrar o meu passado, que quase não tenho tido tempo para mais nada. Por vezes, mesmo dormir! Uma necesidade imperiosa de acabar este meu livro de memórias, antes que elas se apaguem!

    Beijo

    R/C

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